Vaga de Deltan será herdada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro

Decisão do TRE do Paraná foi tomada com base no número de votos recebidos pelo deputado da legenda do ex-presidente

Deltan teve o mandato de deputado federal cassado pelo TSE
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Deltan teve o mandato de deputado federal cassado pelo TSE

O PL, legenda de Jair Bolsonaro, vai herdar a vaga de deputado federal deixada por Deltan Dallagnol (Podemos-PR).  O parlamentar teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última terça-feira (16). 

A decisão do Triunal Regional Eleitoral do Paraná é de que o pastor evangélico Itamar Paim vai ficar com o cargo deixado pelo ex-chefe de operações da Lava-Jato. A medida foi tomada com base no número de votos que o parlamentar do PL recebeu nas eleições: 47.052.

Com isso, o Partido Liberal passa a ser representado por 100 deputados na Câmara. O podemos defendia que Luiz Carlos Hauly deveria ocupar a vaga de Deltan, mas ele recebeu apenas 11.925 votos no pleito eleitoral de 2022 e não atingiu o número mínimo estabelecido pela Justiça Eleitoral.


Benedito Gonçalves, ministro do TSE que foi relator do processo que culminou na cassação de Dallagnol, defendeu que os votos recebidos pelo parlamentar  deveriam ser repassados ao Podemos.

O PL, contudo, utilizou o argumento de que seria necessária uma nova contabilização dos votos, e o pedido foi acatado pelo TRE do Paraná. Com a recontagem, partido liderado por Valdemar Costa Neto obteve mais votos do que as outras legendas no Paraná nas eleições do ano passado, o que possibilitou a vantagem na escolha do novo deputado federal.

Governo provoca Dallagnol com PowerPoint

O governo federal publicou, nesta quarta-feira (17), nas redes sociais oficiais do Planalto, uma postagem com uma imagem relacionada  ao "PowePoint" de apresentação feito por procuradores da operação Lava Jato em 2016, na qual foram divulgadas acusações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


A postagem foi realizada um dia após Deltan ter o mandato cassado pela Suprema Corte eleitoral. Dallagnol era o coordenador da Lava Jato no Paraná e foi responsável pela mencionada apresentação contra Lula, que ficou conhecida como "PowerPoint de Dallagnol".

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