Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil, afirmou que acredita na inocência de Jair Bolsonaro (PL) em relação à invstigação sobre falsificação do cartão de vacinação contra a Covid-19 do ex-presidente da República.
De acordo com Nogueira, o ex-chefe do Executivo brasileiro é "um homem muito correto", e que ele sairá deste processo mais fortalecido. Ciro lembrou ainda do fato de que o celular de Jair foi apreendido na operação da Polícia Federal, destacando que seu dispositivo "não tem nem senha".
“O presidente não teme nada. Um homem que tem um celular que não tem nem senha não teme nada na vida. Bolsonaro é um homem muito correto, espontâneo, honesto. Eu não tenho dúvida que a sua inocência, a sua forma de ver o país será respeitada e que tudo vai ser esclarecido e ele sairá muito mais forte desse processo do que entrou”, afirmou o ex-ministro em entrevista concedida à CNN.
Ciro criticou ainda uma possível punição eleitoral a Bolsonaro no que diz respeito à Operação Venire, destacando que ele pode ser criticado por não ter se imunzado contra a doença, mas que se tratou de uma escolha dele.
“Como vai ser punido por uma coisa dessa? Ele pode ser criticado por não ter se vacinado, foi uma decisão dele. Mas jamais punido eleitoralmente. O que tem a ver uma coisa com a outra? Espero que isso não ocorra e que a população brasileira tenha o direito de fazer suas escolhas, independentemente de vontade de quem quer que seja de tornar o presidente inelegível", continuou.
Operação da Polícia Federal
Na última quarta-feira (3), a PF realizou operação de busca e apreensão em um endereço ligado a Bolsonaro em Brasília , no Jardim Botânico, onde ele mora com Michelle Bolsonaro. Na ocasião, o celular de Bolsonaro foi apreendido pelos agentes.
A corporação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, no Rio de Janeiro e em Brasília. Todas as prisões foram realizadas até as 7h.
As ações são parte da chamada Operação Venire, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre a vacinação contra a Covid-19 nos sistemas públicos do Ministério da Saúde.
O objetivo da fraude seria garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e assessores nos Estados Unidos, que pede a vacinação obrigatória para entrar no país. O ex-presidente ficou três meses no país, deixando o Brasil em 30 de dezembro de 2022 e retornando somente em 30 de março deste ano.
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