Advogados de Torres entram com recurso no STF para revogação de prisão

Defesa recorre a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes que manteve a detenção do ex-secretário da Segurança Pública do DF

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, está detido há 109 dias
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, está detido há 109 dias


A defesa de  Anderson Torres entrou com um recursno o Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a o fim da sua prisão. Os advogados recorreram a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, que negou a revogação da detenção do ex-ministro. 

O documento apresentado à Suprema Corte pede que Moraes reconsidere a decisão e subistitua o atual molde de detenção pela prisão domiciliar. De acordo com Malu Gaspar, colunista od jornal O Globo, foi apresentada uma petição de 41 páginas. 

Outra opção colocada pelos advogados do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal foi a imposição de restrição de direitos ao invés da manutenção da sua prisão. Também foi solicitado que o caso seja analisádo pelo plenário do STF. 


Um dos argumentos utilizados pela defesa de Anderson foi o seu quadro clínico, embasado por um laudo emitido pela psiquiatra Elaine Bida, que sugere a internação domiciliar como forma de previnir o suicídio do preso. 

Os advogados também alegam que as filhas do ex-ministro estão tendo acompanhamento psicológico, e que o quadro médico delas afetou frequência delas na escola. 

Visita de senadores

Ao STF, os advogados do ex-ministro da Justiça disseram que não se opõem ao pedido de 42 senadores para visitá-lo na prisão. A defesa de Torres alega que o encontro com os parlamentares pode ajudá-lo com a "profunda depressão".

Um grupo de senadores apresentou ao ministro do STF Alexandre de Moraes na última semana um pedido para fazer uma visita a  Torres "por razões humanitárias". Moraes, que foi o responsável por determinar a prisão do ex-ministro, questionou a posição da defesa antes de analisar a solicitação.

Entre os senadores que pediram para realizar a visita, a maioria é da oposição ao governo federal. Nomes como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Sergio Moro (União Brasil-PR), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogério Marinho (PL-RN) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS) assinaram o pedido, além de membros de partidos de base, como Chico Rodrigues (PSB-RR).

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