Capelli determina exoneração de mais 58 servidores do GSI

Em dois dias, 87 funcionários do gabinete foram demitidos da pasta, sendo três secretários nacionais

Câmeras mostram oficiais do GSI dando risada e mexendo no celular durante atos golpistas
Foto: Reprodução/CNN
Câmeras mostram oficiais do GSI dando risada e mexendo no celular durante atos golpistas

O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Capelli, determinou nesta quinta-feira (27) a exoneração de 58 servidores da pasta. As demissões devem ser publicadas em edição extra do Diário Oficial.

O total de demitidos chega próximo de 100, sendo 87 em dois dias. Na quarta-feira (26), Capelli já tinha exonerado 29 servidores, sendo três secretários nacionais do gabinete.

O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Capelli, determinou nesta quinta-feira (27) a exoneração de 58 servidores da pasta. As demissões devem ser publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira (28).

O total de demitidos chega próximo de 100, sendo 87 em dois dias. Na quarta-feira (26), Capelli já tinha exonerado 29 servidores, sendo três secretários nacionais do gabinete.

As demissões fazem parte do processo de renovação da pasta após a divulgação de imagens de câmera de segurança que apontam falta de resistência de funcionários do GSI durante os ataques no Palácio do Planalto. As alterações do quadro do gabinete foi um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ministro interino.

“Dando prosseguimento à renovação do quadro de funcionários do GSI, autorizei a exoneração de mais 58 servidores. As dispensas serão publicadas na próxima edição do Diário Oficial da União”, disse Capelli em suas redes sociais.

Na quarta, Ricardo Capelli exonerou três secretários nacionais: Max Cintra Moreira (Assuntos de Defesa e Segurança Nacional), Marcius Cardoso Netto (Segurança e Coordenação Presidencial) e Marcelo Da Silva Gomes (Coordenação de Sistemas). A pasta ainda exonerou o coordenador de Avaliação de Riscos, Alexandre Santos de Amorim.

Os nomes dos servidores demitidos nesta quinta-feira ainda não foram divulgados.


Crise do GSI

A crise no GSI começou após a divulgação de imagens de câmera de segurança que mostram o ex-ministro Gonçalves Dias no Palácio do Planalto no momento da invasão de bolsonaristas no Planalto. Ele teria orientado a saída de emergência do terceiro andar aos golpistas.

Segundo as filmagens, às 16h29, Gonçalves Dias andava pelo terceiro andar do Palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no local.

Minutos depois, o general aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns dos responsáveis pelos atos. As gravações sugerem, conforme a CNN, que ele indicava a saída de emergência ao grupo. Após a divulgação das imagens, GDias pediu demissão.

Outros integrantes do GSI também aparecem nas imagens, parecendo indicar o caminho de saída aos invasores que estavam no terceiro andar do prédio. Em um dos momentos, o major José Eduardo Natale aparece dando água aos golpistas.

No fim de semana, o GSI divulgou novas gravações que mostram oficiais dando risadas e mexendo no celular durante a invasão à Praça dos Três Poderes. As câmeras de segurança do Planalto flagraram cerca de dez integrantes do GSI reunidos no subsolo por volta das 16h36, horário em que tanto o Planalto, como o Superior Tribunal Federal e o Congresso já tinham sido invadidos e estavam sendo depredados.

As imagens revelam que ao menos três dos membros do Gabinete estavam mexendo no celular, e um deles parece mostra algum conteúdo para os colegas, que se reúnem ao seu redor e dão risadas.