Alckmin defende manutenção do GSI: "Não devemos acabar por um erro"

Vice-presidente defende que pasta siga com status de ministério

Vice-presidente Geraldo Alckmin
Foto: redacao@odia.com.br (IG)
Vice-presidente Geraldo Alckmin


O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) disse nesta terça-feira (25) que o GSI ( Gabinete da Segurança Institucional ) não deve acabar. Na avaliação dele, o órgão não pode ser desmontado “porque houve erro”. Ele também declarou que é preciso investigar e punir possíveis militares da pasta que participaram da invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro .

“Nós não devemos acabar com um órgão porque houve erro. O que precisa é apurar e ter responsabilização”, comentou o vice-presidente.

Porém, Alckmin deixou claro que a decisão final sobre o futuro do GSI será de Lula. A manutenção – ou não – do órgão vai ser discutida pelo governo assim que o presidente da República chegar da Europa. O mandatário deverá estar em Brasília na noite de quarta (26).

Um grupo do governo argumenta que Lula precisa transformar o GSI em uma secretaria e fique vinculada ao Ministério da Defesa ou da Justiça e Segurança Pública. Porém, há uma ala – na qual Alckmin faz parte – que defende o gabinete como uma pasta com status de ministério.

Outro tema que será discutido é se o GSI ficará nas mãos de um militar ou de um civil.

A crise do GSI

A indefinição do GSI começou após a demissão do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro da pasta. O órgão é responsável por fazer a segurança do chefe do Executivo federal e também das residências presidenciais, como o Palácio do Planalto.

Gonçalves Dias pediu demissão depois da divulgação de imagens de câmeras de segurança do circuito interno do Planalto. O militar foi visto no local durante o ato terrorista de bolsonaristas em 8 de janeiro.

Atualmente, Ricardo Cappelli é o ministro interino do órgão. O presidente Lula ordenou que o atual comandante acelere o processo de troca dos servidores da pasta. O petista quer a retirada de militares nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.


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