'Repudio a denúncia relâmpago', diz Moro sobre decisão da PGR

A PGR afirma que Moro imputou falsamente ao ministro o crime de corrupção passiva

Senador Sergio Moro (União Brasil)
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil - 22/03/2023
Senador Sergio Moro (União Brasil)

senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) comentou na manhã desta terça-feira (18), nas redes sociais, que achou estranha e repudia a "denúncia relâmpago" feita pela Procuradoria Geral da República contra ele . O órgão do MPF pede a prisão do ex-ministro da Justiça devido a um vídeo onde ele teria acusado Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de vender habeas corpus

"Tenho divergências sérias com o Min. Gilmar Mendes , mas nunca o acusei de crimes. O culpado pela ofensa ao Min. Gilmar é quem na sexta-feira editou e divulgou trechos do vídeo com malícia. Eu, da minha parte, nunca tive o vídeo. Acho estranha e repudio a denúncia relâmpago. Se a PGR tivesse me ouvido antes, explicaria tudo", escreveu Moro no Twitter.

O senador ainda explica o contexto do vídeo que viralizou na internet, onde ele aparece rindo e falando em "comprar um habeas corpus" do ministro do STF.

"Brincava-se sobre “cadeia” em festa junina na qual paga-se uma prenda para sair (atenção: não é crime pagar ou receber nesse caso). A não ser que a PGR queira dizer que acusei o Min. Gilmar de “vender” “habeas corpus” contra “prisão” de festa junina, penso que a denúncia é absurda", justificou o ex-juiz.

Na gravação divulgada, Moro aparece rindo e responde a uma voz feminina:

"Não, isso é fiança. Instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes" diz.

Denúncia da PGR

A PGR afirma que Moro imputou falsamente ao ministro o crime de corrupção passiva. A procuradoria reafirmou que o senador sabia que as declarações são inverídicas.

“Ao atribuir falsamente a prática do crime de corrupção passiva ao Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, o denunciando Sergio Fernando Moro agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado da mais alta Corte do País”, afirma a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo.

O documento ressalta que Sérgio Moro ofendeu a honra de um ministro da Suprema Corte com idade superior de 60 anos.

A PGR ainda pede para que o STF condene Moro a prisão e que o senador perca o mandato caso a condenação seja superior a quatro anos, além de solicitar que o ex-juiz pague uma multa por danos morais.

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