O ministro das Relações Institucionais , Alexandre Padilha (PT-SP), afirmou nesta terça-feira (18) que é contrário as invasões feitas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em áreas produtivas.
O posicionamento do representante do governo Lula (PT) ocorreu um dia após a Embrapa Semiárido comunicar que o grupo invadiu locais produtivos e de patrimônio do governo em Petrolina (PE). A ocupação ocorreu na madrugada do último domingo (16).
"Eu condeno qualquer ato que danifique processos produtivos, áreas produtivas. Não é a melhor forma de lutar por qualquer coisa. Condeno qualquer atitude que possa atrapalhar a produção", falou Padilha na Câmara dos Deputados durante reunião com lideranças de partidos que fazem parte da base governista.
O Embrapa Semiárido ainda pontuou que a ocupação foi feita também em terras de preservação da caatinga, o que colocou em risco a vida de animais ameaçados de extinção, prejudicando uma série de pesquisas para conservação ambiental e de utilização sustentável do bioma.
Padilha pediu que o MST tenha um comportamento melhor e deixou claro que o governo pode oferecer caminhos mais benéficos para o movimento. “Temos outros instrumentos melhores e mais efetivos para as bandeiras que possam ser levantadas”, pontuou.
Alexandre Padilha descarta perder apoio
Nas últimas semanas, uma ala do Congresso Nacional tenta emplacar a CPI do MST para apurar como age o movimento. Porém, a base do governo tem impedido que a comissão seja instaurada. Só que, com a recente invasão, iniciou-se um burburinho de uma possível chance do processo sair do papel.
Questionado sobre o assunto, Padilha demonstrou confiança de que a base governista seguirá forte. Na avaliação dele, a bancada ruralista e legendas de centro que apoiam o Planalto seguirão como aliados. “Não sinto qualquer interferência disso no ambiente do Congresso", comentou.
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