O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse nesta quarta-feira (22), que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) sabia da existência há mais de um mês de uma facção criminosa que queria matá-lo. O ex-ministro da Justiça era um dos alvos de um grupo contra autoridades e servidores públicos .
"Ele já tinha essa informação [do plano para matá-lo] há mais de um mês e que isso estava sendo monitorado pela Polícia Federal . Houve um desfecho para se prender os criminosos que estavam engendrando este plano. A polícia estava fornecendo segurança a Moro e sua família", disse Marinho ao UOL News .
Moro anunciou ainda que fará um pronunciamento no Senado sobre o caso nesta tarde. Marinho adiantou que o senador deve ainda sugerir medidas mais duras para combater o crime organizado no Brasil.
"Hoje ele fará um pronunciamento na tribuna do Senado e, provavelmente, propor uma legislação de endurecimento contra o crime organizado. Essa associação de ataques a alvos políticos é muito ruim para a democracia brasileira. O campo do embate é o das ideias. Infelizmente, hoje existe o Estado paralelo no Brasil e a sociedade tem o dever de se contrapor a essa situação com medidas enérgicas", afirmou Rogério Marinho.
Entenda o caso
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) a Operação Sequaz que investiga um grupo suspeito de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Após a divulgação da ação policial, o senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou, por meio de sua assessoria, que era um dos alvos dos criminosos.
"Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", escreveu Moro.
Até por volta de 9h40, nove pessoas foram presas. São elas:
-
Janeferson Aparecido Mariano;
-
Patrick Uelinton Salomão;
-
Valter Lima Nascimento;
-
Reginaldo Oliveira de Sousa;
-
Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;
-
Claudinei Gomes Carias;
-
Herick da Silva Soares;
-
Franklin da Silva Correa.
Segundo a PF, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Seis pessoas já foram presas em Campinas, no interior paulista.
Os criminosos pretendiam realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação e confirmou que as vítimas seriam um senador e um promotor de Justiça. "Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha", afirmou.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.