Ex-primeira-dama vai a Orlando para ver Bolsonaro após caso das joias

Michelle pegou um voo direto que parte de Brasília até Orlando e está acompanhada do maquiador Agustin Fernandez, um amigo pessoal

Michelle Bolsonaro
Foto: Reprodução: Agência Brasil
Michelle Bolsonaro

ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro embarcou para Orlando, nos Estados Unidos, na manhã desta terça-feira (14). Ela vai encontrar o marido, o  ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após o caso das  joias milionárias da Arábia Saudita.

Michelle pegou um voo direto que parte de Brasília até Orlando e está acompanhada do maquiador Agustin Fernandez, um amigo pessoal. Ela deve ficar no exterior apenas por duas semanas, dado que no dia 21 de março o Partido Liberal irá empossá-la como presidente do PL Mulher.

No final de fevereiro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, anunciou junto com Michelle que ela faria uma viagem política por todo o Brasil .

"Estou aqui a convite da minha amiga, trabalhando, conversando com ela sobre nossos futuros trabalhos. Vamos trabalhar viajando todo o Brasil com a pauta da mulher, mulher com deficiência, 'mãe rara' [mãe de filhos com doenças pouco comuns] e o engajamento da mulher na política", disse a ex-primeira-dama na gravação.

Michelle estava ao lado da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) vídeo. A parlamentar afirmou que a iniciativa pretende “formar mulheres” e que elas desejam ser inspiração para que “as mulheres queiram entrar na política”.

Joias milionárias

Segundo uma reportagem de "O Estado de S. Paulo", um primeiro pacote de joias, avaliado em R$ 16 milhões da marca Chopard , foram entregues pelo governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro, que visitou o país árabe em outubro de 2021. Entre os presentes, estavam um anel, colar, relógio e brincos de diamantes.

Entretanto, ao chegar ao país, as peças foram aprendidas na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia. Ele ainda tentou usar o cargo para liberar os diamantes, entretanto, não conseguiu reavê-los, já que no Brasil a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado.

Diante do fato, o governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, por meio dos ministérios da Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores. O então presidente chegou a enviar ofício à Receita Federal, solicitando que as joias fossem destinadas à Presidência da República.

Na última tentativa, três dias antes de deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar até Guarulhos. Ele teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.

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