Moraes diz que redes sociais foram 'instrumentalizadas' por radicais

Ministro do Supremo realizou uma reunião nesta quarta (1º) com representantes de várias plataformas

Ministro Alexandre de Moraes avalia estragos após vandalismo no STF
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Ministro Alexandre de Moraes avalia estragos após vandalismo no STF

Nesta quarta feira (1º), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), Alexandre de Moraes , afirmou que as redes sociais foram "instrumentalizadas" - usadas como meio para atingir um objetivo - por radicais para propagação de "fake news" e   propôs a adoção de novas regras contra o problema. 

A declaração do ministro foi dada durante uma reunião com representantes de plataformas digitas como a Meta (dona de Facebook , Instagram e WhatsApp ), do Telegram , do TikTok , do Kwai e do Google .

Moraes tem realizado esse tipo de reunião desde 2022, quando assumiu o mandato.

"Obviamente, a culpa não foi das redes. Senão, as redes estariam na Colmeia e na Papuda também", disse Moraes, se referindo a presídios de Brasília.

"Mas as redes foram instrumentalizadas. Então, essa instrumentalização, com a experiência que tivemos todos nas eleições e até no 8 de janeiro, acho que a gente pode aproveitar para construir alguma coisa para tentar evitar isso", declarou.

Uma semana após o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumir a presidência da República, no dia 8 de janeiro, extremistas, que se organizaram pelas redes sociais, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente do TSE ainda pediu aos representantes das plataformas durante o encontro que elaborem propostas a fim de aumentar o controle das "fake news" nas redes sociais.

"Minha ideia, nesta primeira conversa, é que a gente comece a construir dois planos distintos: algo em torno de uma autorregulação - isso é muito importante, não tenho a menor dúvida que, se não for algo construído junto, a chance de ser eficiente é muito pequena. Vocês tem que mostrar para a gente os melhores caminhos. O segundo é alguns 'standarts' para regulamentação que vai ser feita no Congresso", disse.

Ao final da reunião, o ministro agradeceu o "apoio" e o comparecimento dos representantes das plataformas digitais no combate às "fake news" , porém, sem citar nomes, afirmou que alguns apoios foram "forçados".

"Eu tomei a liberdade de chamá-los para agradecer o apoio - às vezes, um apoio um pouco forçado - durante as eleições. Todos tivemos, eu diria, que nos adaptar a novas formas, acho que acabou dando certo: prazos, tempos, vocês sabem melhor que eu", afirmou.

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