Marcelo Crivella (Republicanos), ex-prefeito do Rio e atual deputado federal, se tornou réu pelo caso do "QG da Propina" . A Justiça Eleitoral acatou uma denúncia do Ministério Público.
O parlamentar e outras 25 pessoas irão responder pelo "Caixa 2" , crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo os advogados de Crivella, "o próprio Ministério Público Eleitoral afirmou há dois anos, não há nenhuma prova contra o ex-prefeito que justificasse um processo criminal”. A nota ressalta ainda que “a defesa acredita que o arquivamento deve ser mantido”.
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o processo deveria ser julgado pela Justiça Eleitoral por envolver acusações de crimes eleitorais, desde então, a ação estava parada.
Relembre o caso
Crivella foi preso em 22 de dezembro de 2020, dias antes de terminar o mandato na prefeitura do Rio. Ele foi acusado chefiar uma organização criminosa com o empresário Rafael Alves, que cuidava das negociações de contratos públicos.
Segundo o Ministério Público, a quadrilha transformou a repartição pública em um "QG da Propina" antes mesmo da eleição de Crivella, em 2016, e arrecadou mais de R$ 50 milhões.
A organização operava na Prefeitura do Rio e atraía empresas que queriam firmar contratos com o governo. Para conseguirem furar a fila, elas pagavam um percentual de 3% a 5% em propina sobre os valores.
O "QG da Propina" foi descoberto com a delação do doleiro Sergio Mizhray, preso na Operação Câmbio Desligo, uma alçada da Lava Jato no Rio.
Após o processo ficar parado por dois anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o caso deveria ser julgado pela Justiça Eleitoral. Agora, o juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 16ª Zona Eleitoral do Rio, determinou que os réus têm até dez dias para apresentar defesa.
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