Nesta sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ) fará sua quinta visita à Casa Branca , nos EUA . Na ocasião, ele se encontrará com o atual presidente americano , Joe Biden.
Durante seus mandatos anteriores, Lula foi recebido na sede do governo americado por George W. Bush e, posteriormente, por Barack Obama.
A primeira visita oficial do mandatário à Casa Branca aconteceu em seu primeiro ano à frente do Planalto.Em meados de dezembro de 2002, Lula compareceu ao encontro com o então presidente George W. Bush com um broche da estrela vermelha do PT, ao lado da gravata de mesma cor. Na ocasião, Bush disse: “Algumas pessoas dizem que uma pessoa como o senhor não pode fazer negócios com uma pessoa como eu. Estamos reunidos hoje para mostrar que estão equivocados”.
Lula fez um relato a jornalistas, na época, afirmando que teria chorado caso ouvisse o hino nacional naquele momento. “Eu estava orgulhoso de estar ali defendendo as coisas que o meu povo acredita que eu deva defender. Para mim, isso foi motivo de orgulho, ou seja, se tivesse tocado o hino nacional eu teria chorado, porque é emocionante você estar falando com o presidente da economia mais forte do mundo, defendendo os interesses do povo do nosso país”.
Após seis meses, em 2003, o petista voltaria para um segundo encontro com o presidente do Partido Republicano na Casa Branca.
Em 2007, já no segundo mandato, Lula esteve outra vez com Bush nos Estados Unidos, mas em Camp David. Os dois líderes posaram para fotos sorrindo enquanto dirigiam um carrinho de golfe pela casa de campo da presidência americana, que fica a 100 quilômetros de Washington.
Já em novembro de 2008, o atual chefe do Executivo federal teria um terceiro encontro com o presidente americano na Casa Branca por ocasião da Cúpula sobre Mercado Financeiro e Economia Mundial em Washington. Mas o sucessor de George W. Bush, Barack Obama, havia sido eleito dias antes. Na época, Lula cobrou os Estados Unidos sobre a crise financeira que afetava o país dizendo que Bush teria que "assumir a responsabilidade de que ele é o presidente até o dia 20 de janeiro e não pode ter vacilações sobre o tratamento da crise”.
Em março de 2009, o mandatário visitou Obama. Durante a visita do brasileiro, o democrata disse que era “um grande admirador da liderança progressista e voltada para o futuro que o presidente Lula tem mostrado”.
Lula e Biden
Nesta sexta-feira (10), às 15h30, Lula terá o primeiro contato com Joe Biden e fará a foto oficial. Meia hora depois, realizará uma reunião privada no Salão Oval da Casa Branca. Às 16h30, acontecerá um evento ampliado na Cabinet Room.
O governo brasileiro terá como principal pauta o meio ambiente e a mudança climática. No entanto, o petista também tratará de temas econômicos, direitos humanos e defesa da democracia.
A Casa Branca relatou que Lula e Biden vão discutir “o apoio inabalável dos Estados Unidos à democracia no Brasil” e “os desafios comuns” de Brasil e Estados Unidos. O governo norte-americano afirmou ainda que serão debatidos “a mudança climática, a segurança alimentar, o desenvolvimento econômico, o reforço da paz e da segurança e as migrações regionais”.
Lula, Biden e a questão ambiental
Após vencer a eleição de 2020, Biden prometeu cuidar da área ambiental e discutir com líderes mundiais maneiras de diminuir a poluição em todo planeta. Só que o Brasil, governado por Jair Bolsonaro (PL), não demonstrava interesse no assunto, tanto que Lula prometeu que o Ministério do Meio Ambiente seria seu carro-chefe em um terceiro mandato.
No primeiro mês de gestão, o petista fechou acordos com países internacionais para receber recursos para o Fundo Amazônia. A União Europeia e a França estudam doar verbas para o fundo. O presidente brasileiro quer que os Estados Unidos façam parte do grupo de doadores.
O governante do Brasil quer ressaltar a importância da Amazônia para o desenvolvimento do mundo nos setores ambientais e climáticos, além de apresentar um plano em que investidores possam empreender na floresta de forma sustentável.
Na avaliação do PT, se Biden integrar o grupo de doadores do Fundo Amazônia e elogiar o projeto brasileiro para o setor, a tendência que empresários e investidores vejam com bons olhos a ideia de apostar na floresta.
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