A defesa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Ditrito Federal, solicitou formalmente junto ao STF (Supremo Tribunal Fedeal) a revogação da sua prisão preventiva.
O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) está detido desde o dia 14 de janeiro deste ano. A determinação da sua detenção foi feita no dia 10 de janeiro, pelo ministro Alexandre de Moraes.
A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha ajudado a ação dos terroristas bolsonaristas. Ele nega. A Advocacia-Geral da União (AGU), por exemplo, pediu a prisão de Anderson Torres por omissão na repressão aos ataques.
Os advogados de Torres afirmam que ele está disposto a entregar o seu passaporte e colocar à disposição da Justiça seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Eles também afirmam que a detenção do ex-ministro enquadra-se em um constragimento ilegal.
O documento também ressalta que a liberdade do ex-secretário não representa "qualquer risco à persecução penal", e que ainda faltam indícios da relação direta do preso com os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Crítica ao plano de segurança nos atos de 8 de janeiro
Anderson Torres disse, em depoimento prestado à Polícia Federal (PF) no dia 2 de fevereiro, que houve uma "falha grave" na execução do plano de segurança do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) , no dia 8 de janeiro.
Ele informou que no dia 6 de janeiro se reuniu com o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, com a secretária distrital de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, e com a subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública, Cíntia Queiroz de Castro.
Na conversa, ficou acordado que o Exército e o Governo do Distrito Federal trabalhariam, a partir do dia 10 de janeiro, para desmobilizar as pessoas em acampamentos em frente aos Quartéis, começando pela população "vulnerável e moradores de rua". Entretanto, o cronograma foi atropelado pelos fatos.
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