Alexandre Padilha (PT), ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais
, disse nesta sexta-feira (3) que as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) são graves. Porém, declarou que todos precisam desconfiar das intenções do parlamentar, que revelou ter sido convidado pelo ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) para gravar ilegalmente uma conversa com o ministro do STF Alexandre de Moraes
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“Toda vez que alguém que sempre defendeu atitudes antidemocráticas, que ficou quieto quando o Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto foram invadidos de forma terrorista no dia 8 de janeiro, não teve nenhuma manifestação em defesa da democracia […] [quando a pessoa] vem fazer uma entrevista que muda três vezes ao longo do dia, você tem que desconfiar”, falou Padilha. “Quais são as motivações dessa pessoa?”.
O ministro do governo Lula (PT) confessou que ficou preocupado com as declarações e demonstrou confiar no trabalho da PF. “Agora, além disso, o que foi dito é muito grave. A Polícia Federal, de imediato no dia de ontem, já colheu o depoimento e vai apurar até o fim”, opinou.
Na avaliação de Padilha, os policiais conseguirão encontrar rapidamente respostas a todas as perguntas que cercam os atos golpistas e terroristas que ocorrerão no dia 8 de janeiro em Brasília.
“Nós queremos saber quem financiou os atos terroristas, quem mobilizou, quem organizou, se tem pessoas envolvidas, se tem agentes políticos envolvidos nisso”, relatou.
“A Polícia Federal e a Suprema Corte são instrumentos fortes para que a gente possa saber e apurar até o final, inclusive pra gente saber quais são as finalidades de falas como a de ontem. Onde [Do Val] quer chegar mas isso?”, indagou.
Padilha alfineta Bolsonaro
Alexandre Padilha comentou que a Polícia Federal está tendo total autonomia para fazer as investigações sobre os episódios de tentativa de golpe. A declaração foi uma alfinetada ao governo Jair Bolsonaro.
“A era em que presidente da República afastava delegado porque ele investigava o filho acabou no Brasil. Vamos respeitar os instrumentos da Suprema Corte para saber quem pagou, quem financiou, quem apoiou a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro no Brasil”, concluiu.
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