O governador de São Paulo
, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou do jantar organizado pelo presidente da Câmara
, Arthur Lira (PP-AL), na última quinta-feira (26). Ele foi ao evento acompanhado de Gilberto Kassab
, presidente nacional do PSD e seu secretário da Casa Civil.
Tarcísio decidiu comparecer na reunião por ter boa relação com Lira. No período em que esteve à frente do Ministério da Infraestrutura, Freitas revelou que teve muita facilidade em aprovar projetos no Congresso Nacional por causa do apoio do presidente da Câmara.
Ele foi convidado para discursar e aproveitou para elogiar o ex-aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O governador paulista é um dos defensores da reeleição de Lira, mas não articulou para que o Republicanos fizesse parte do grupo do chefe da Câmara dos Deputados porque seu partido fechou questão sobre o tema desde o ano passado.
Apesar de ter sido eleito com o apoio do bolsonaristas, Tarcísio não citou o nome de Bolsonaro em seu discurso, segundo informações do portal G1. Nas últimas semanas, ele passou a ser criticado por apoiadores do ex-presidente, chamando-o de traidor e o acusando de ter interesse em concorrer ao cargo de chefe do Executivo federal.
No entanto, nos bastidores, Tarcísio tem dito para aliados que seu principal objetivo é montar uma base forte para concorrer à reeleição de governador de São Paulo. Publicamente, ele segue se posicionando a favor do capitão da reserva.
Tarcísio em Brasília
A ida do governador para Brasília não foi apenas para participar do jantar promovido por Lira. Ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os outros 26 governadores para tratar de diversos assuntos.
Após o fim do encontro, Tarcísio, Lula e os outros mandatários estaduais divulgaram uma carta em defesa da democracia.
Lira terá apoio amplo na Câmara
Apesar da rejeição do PSOL, Lira terá enorme apoio na Câmara. Ele contará com os votos de deputados tanto do PL quanto do PT. Não por acaso o jantar contou com a presença de diversos parlamentares, como Eduardo Bolsonaro, Ricardo Salles, Mário Frias e Érika Hilton.
O PT cogitou formar uma base governista para isolar o PL, mas percebeu que não teria votos suficientes e decidiu negociar espaço na Mesa Diretora com Lira. A intenção é evitar que o presidente da Câmara se coloque como oposição ao governo federal.
O PL também iniciou conversas para lançar um nome, mas chegou à conclusão que o melhor caminho era apoiar Lira. Valdemar Costa Neto até ameaçou expulsar qualquer parlamentar do partido que se coloque concorrente do atual chefe da Câmara.
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