Desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas no dia 30 de outubro de 2022, a vitória do atual mandatário do país, Luiz Inácio Lula da Silva , fez com que bolsonaristas extremistas se aglomerassem em frente a quartéis e bloqueassem rodoviais pelo país, confrontando a democracia brasileira com pedidos de golpe de Estado .
No entanto, após os atos antidemocráticos que vandalizaram e destruíram os Três Poderes do país no dia 8 de janeiro, ficou claro aos demais brasileiros quem realmente agiu contra a população. Além de depredarem prédios públicos e obras de arte, os terroristas também agrediram policiais militares que tentavam conter o ataque à capital federal.
Na ocasião, de acordo com a Polícia Militar , pelo menos 44 PMs ficaram feridos e precisaram de atendimento médico.
Imagens de celulares - gravadas pelos próprios golpistas - e câmeras de segurança registraram momentos em que os políciais tentavam evitar que os invasores avançassem e viraram alvos dos agressores. Em alguns momentos, os terroristas, ainda, se juntavam para derrubar os agentes da plataforma onde ficam as cúpulas do Congresso. Os PMs foram atacados de todas as formas.
"Eles romperam a primeira linha de proteção, na Praça das Bandeiras, e subiram em direção à Cúpula do Congresso. Conseguiram tomar a Cúpula. A nossa linha de choque adentrou pela lateral dessa cúpula no intuito de repelir eles, para que eles voltassem para o gramado. Nesse momento, nós fomos atacados mais uma vez, violentamente, e houve uma resistência. Eles com coquetel molotov, barra de ferro e se aproximando. E a gente usando material de menor potencial ofensivo, tentando repelir a agressão", relembra o sargento Junior que foi um dos agredidos na ocasião.
Os ataques ficaram ainda mais violentos após chegarem a Praça dos Três Poderes. Um policial que estava em um cavalo foi derrubado do animal e agredido com pauladas e chutes. Até o cavalo em que ele estava não foi poupado das agressões.
"Eles nos atacaram no intuito de nos jogar de cima da cúpula. Caiu eu, soldado Marcelo e o sargento Alex. Caímos da cúpula na parte inferior e continuamos sendo agredidos. Também fui violentamente agredido com barra de ferro - tanto que eu danifiquei meu capacete, minha perneira blindada. Também conseguiram machucar minha perna muito, muito sério, e fui resgatado por policiais", conta.
Atuante na segunda linha de patamo, a soldado Marcela foi outra ferida nos ataques.
"Eu fui arremessada, fui jogada, da plataforma superior para a plataforma inferior, momento no qual eu fui capturada pelos manifestantes. Fui jogada no chão, fui atingida por barra de ferro - cabeça, braço, perna. Eles também tentaram tomar a minha arma e foi justamente nesse momento que eu fui resgatada pelos meus companheiros", explica ela.
Uma outra militar foi atingida por uma barra de ferro.
"Essa barra de ferro provavelmente era da sustentação das grades, e acertou a minha mão. A minha mão inchou na hora, mas por conta da adrenalina, eu continuei trabalhando, continuei ajudando meus companheiros. Nesse momento, a gente formou a segunda linha lá e os manifestantes continuaram avançando. Eles tacavam pedra nos policiais. Tudo que era instrumento de acesso, eles tacavam na gente. E eu só fui perceber que não estava mais em condições de combate foi por volta de 23h, quando minha mão começou a inchar mais e doer", afirma.
Clementino, outro soldado que tentava afafstar os invasores do prédio do Supremo também foi atacado com pedradas e chegou a levar pontos no rosto.
"Quando a gente estava tentando dispersar eles, a multidão que estava quebrando o STF, foi quando ocorreu uma pedrada no meu rosto. Cortando, causando ferimento que lesionou e causou três pontos no rosto. Em seguida, a gente ainda continuou na linha. O momento que eu virei, um colega percebeu que estava sangrando muito o meu rosto. Aí ele falou para gente voltar para que eu fosse atendido", lembra.
O cavalo agredido junto com o agente foi atendido já no local por uma equipe de plantão do Centro de Veterinária da PM.
"Foi constatado que se tratava de um pequeno ferimento na lateral da face e, após avaliação, o curativo foi feito. Posteriormente, no retorno ao quartel, ele foi reavaliado e já se encontra em plenas condições de atividade novamente", diz Major Renato Ferreira, médico veterinário da PM.
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