O Supremo Tribunal Federal lançou nesta terça-feira (17) uma campanha condenando o ato terrorista que aconteceu em 8 de janeiro em Brasília. Os ministros da Corte se manifestaram nas redes sociais defendendo a democracia e contra a invasão que aconteceu nos prédios dos Três Poderes.
O STF lançou uma série de vídeos institucionais em resposta ao manifesto antidemocrático feito por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). A campanha foi intitulada “Democracia Inabalada” e dá o recado que houve depredação contra o patrimônio físico do Supremo, mas a Constituição continua forte e inabalada.
A Corte relatou que o material será exibido a partir de hoje na TV Justiça e seguirá no ar até o dia 1° de fevereiro. “Com o objetivo de chamar a atenção para o lamentável episódio, para que ele nunca seja esquecido e nem se repita, e destacar que a democracia e a Suprema Corte saem fortalecidas desses acontecimentos", diz trecho da campanha.
A intenção do STF é dar um recado aos bolsonaristas e mostrar que o manifesto golpista não atingiu seu principal objetivo: dar um golpe de estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Posicionamento dos ministros
Os ministros Alexandre de Moraes , Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes usaram as redes sociais para divulgar a campanha. O trio condenou o ato de terrorismo praticado por bolsonarista e defendeu o fortalecimento da democracia brasileira.
“O STF foi danificado por terroristas. Mas as Instituições não são feitas só de tijolos, são feitas de pessoas, coragem e determinação. Vamos reconstruir as estruturas e mostrar que a CF [Constituição Federal] e a Democracia seguem mais fortes do que nunca”, escreveu Moraes.
“Prédios podem ser destruídos. A democracia é invencível. Ela representa o esforço da humanidade para que todos sejam livres e iguais. A história mostra que tiranos, terroristas e outros delinquentes não podem derrotá-la. A violência nunca é o caminho”, publicou Barroso.
"Neste momento, dezenas de pessoas trabalham para reerguer o plenário do Supremo Tribunal Federal. Foram severos os danos ao patrimônio público, mas o trabalho do STF em defesa da Constituição nunca foi abalado”, completou Gilmar Mendes.
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