Koury diz ser defensor da democracia após acusação de apoio ao golpe

No ano passado, o empresário tornou-se alvo da Polícia Federal após decisão de Moraes

José Koury
Foto: Divulgação
José Koury

O empresário José Koury , dono do Barra World Shopping, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, se manifestou nesta quarta-feira (11), após ser acusado de utilizar grupos de WhatsApp para defender o golpismo. 

Na segunda-feira (9), após os atos golpistas na Praça dos Três Poderes e a destruição do Planalto , Koury teria defendido os vândalos que deterioraram o patrimônio público, artístico, histórico e arquitetônico brasileiro, segundo o colunista Lauro Jardim, do Jornal O Globo.

O jornalista afirmou que Koury teria chamado os golpistas de "patriotas inocentes" em um novo grupo de mensagens do Whatsapp. O empresário respondeu em nota, dizendo que a fala foi descontextualizada e condenou os atos em Brasília.

"Mais uma vez minhas palavras foram distorcidas e descontextualizados. Coloquei a frase Patriotas Inocentes em resposta a pergunta de um companheiro, logo abaixo de um vídeo mostrando idosos, idosas e crianças, além de pessoas rezando. Uma pena não podermos expressar nossas opiniões em um grupo privado de WhatsApp. Muito triste este patrulhamento. Reafirmo meu compromisso com a democracia e com o Presidente eleito, condenando de forma absoluta os atos de vandalismo praticados em Brasília", afirmou Koury através de nota.

No ano passado, Koury tornou-se alvo da Polícia Federal após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes . O dono do Barra Shopping estava em um grupo privado de WhatsApp de empresários que citou a possibilidade de um golpe caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  vencesse as eleições presidenciais.

O vazamento das mensagens deste grupo fez com que Moraes determinasse mandados de busca e apreensão, assim como os bloqueios das redes sociais e bancárias dos empresários envolvidos nas mensagens.

À época, as mensagens diziam: “Prefiro golpe do que a volta do PT”. Ao tomar conhecimento da decisão de Moraes, o empresário emitiu uma nota dizendo que "prints exibidos pela mídia foram usados completamente fora do contexto em que foram postados". Ele também afirmou ser "defensor da democracia” e prometeu “apoio integral” a qualquer um dos candidatos eleito.

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