Margareth Menezes revela ideia de memorial sobre ato terrorista

Ministra da Cultura se reuniu com a primeira-dama Janja

Margareth Menezes
Foto: Reprodução / CNN brasil - 13.12.2022
Margareth Menezes

Margareth Menezes , ministra da Cultura , afirmou nesta terça-feira (10) que ainda não sabe se será possível restaurar o relógio do século XVII destruído por terroristas no ato antidemocrático que ocorreu no último domingo (8), em Brasília. A cantora também revelou que pode criar um memorial para relembrar o episódio do fim de semana.

O relógio foi produzido pelo francês Balthazar Martinot e fica no Palácio do Planalto, um dos prédios depredados por vândalos que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). As sedes do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal) também foram depredados.

"O relógio talvez é a obra mais sensível ainda. Existem outros daquele tipo, mas de tamanhos menores. Está muito danificado, muito danificado. A gente não tem essa resposta ainda", explicou a ministra.

Margareth Menezes se reuniu com a primeira-dama Janja da Silva para discutir como o Ministério da Cultura ajudará para restaurar as obras de artes que foram destruídas no ato terrorista que ocorreu no último fim de semana.

Detalhes da reunião entre Janja e Margareth Menezes

Margareth Menezes explicou para os jornalistas que, durante a reunião com Janja, surgiu a ideia de criar um memorial sobre os ataques que foram feitos contra os Três Poderes. De acordo com a ministra, a estrutura ainda não foi totalmente elaborada e que nem existe um local para realizar a instalação.

“A ideia de criar um memorial sobre essa violência que sofremos. Esse é um tesouro artístico, do povo brasileiro. Isso é um pertencimento do Estado. Uma violência muito desrespeitosa e profunda. Esse memorial é para deixar marcado isso para que nunca mais possa acontecer outra violência desse nível, com a memória intocável que é a nossa democracia”, concluiu.

Terrorismo em Brasília

Na tarde de domingo, milhares de pessoas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os prédios foram depredados e policiais acabaram sendo agredidos por terroristas. Após horas, a PM do Distrito Federal retirou os golpistas dos prédios.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a realização de intervenção federal em Brasília para evitar que novos ataques ocorressem na capital federal.

Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por participarem dos movimentos terroristas e antidemocráticos, de acordo com o Ministério da Justiça.  Os acampamentos no QG do Exército começaram a ser desmontados em vários estados após determinação do Supremo Tribunal Federal.

A Justiça iniciou uma série de investigações para saber quem financiou os movimentos terroristas em Brasília.   Senadores também passaram a recolher assinaturas para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para saber quem são os responsáveis do episódio.

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