Anderson Torres diz que vai encerrar férias e se apresentar à Justiça

Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal

Torres teve a prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Torres teve a prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes


O Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, se pronunciou pela primeira vez desde que Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a sua prisão por omissão na repressão aos ataques terroristas  que tiveram como alvo a Praça dos Três Poderes no último domingo (8). 

Em uma postagem realizada nas suas redes sociais, o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que vai interromper as suas férias nos Estados Unidos para retornar ao Brasil e se apresentar à Justiça. 


"Hoje (10/01), recebi notícia de que o Min Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa", escreveu na sua conta oficial do Twitter. 

"Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá", completou. 

Além da ordem de prisão expedida pela Suprema Corte, a Polícia Federal cumpriu mandado de prisão, busca e apreensão na casa de Anderson Torres em Brasília, nesta terça-feira.

PGR pede investigação de Torres

Na tarde desta terça-feira, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, pediu ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) a  abertura de um inquérito para investigar a atuação do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e do ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres nos atos golpistas que ocorreram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo.

Lindôra diz que há "indícios graves" que o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto, o ex-secretário de Segurança interino Fernando de Sousa Oliveira, Ibaneis Rocha e Anderson Torres. participaram de um "verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito".

"Há indícios graves do possível envolvimento do Governador do Distrito Federal e de seus Secretários (titular e interino), bem assim do Comandante Geral da Polícia Militar, em verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito", escreveu a vice-procuradora-geral.

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