O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres , e o governador do Distrito Federal , Ibaneis Rocha (MDB) tem 48 horas para explicar as medidas tomadas em relação aos atos de vandalismo e violência de bolsonaristas na última segunda-feira (12), em Brasília. A ordem foi de Alexandre de Moraes , ministro do Supremo Tribunal Federal.
Na decisão, o ministro pede que sejam explicadas as providências tomadas pela Justiça em relação à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 519 - este investiga as manifestações e bloqueios em rodovias contra o resultado das eleições de 30 de outubro.
Publicado neste quarta (14), o documento com prazo definido responde a uma petição apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM).
Os atos de violência em Brasília tiveram início após Moraes decretar a prisão temporária do pastor indígena José Acácio Serere Xavante (Patriota) pelo prazo de 10 dias por supostas condutas ilícitas em atos contra a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . logo depois, bolsonaristas começaram a atrbuir o movimento violento a “infiltrados” petistas , no entanto, sem provas.
“Os fatos noticiados pelo parlamentar ocorreram no contexto dos atos antidemocráticos, nos quais grupos financiados por empresários (a serem identificados) insatisfeitos com o legítimo resultado do pleito, com violência e grave ameaça às pessoas, passaram a bloquear o tráfego em diversas rodovias do país e a abusar do direito de reunião nos arredores de quartéis militares, com o intuito de abolirem o Estado Democrático de Direito, pleiteando um golpe militar e o retorno da Ditadura“, disse Moraes.
Na noite de segunda (12), durante os protestos, o ministro da Justiça e Segurança Pública se manifestou através das redes sociais e informou que governo federal buscava reestabelecer a ordem, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do DF. “Tudo será apurado e esclarecido”, disse Anderson Torres.
Já o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, se pronunciou na terça-feira (13), após os atos, e afirmou ter orientado “que todos, devidamente identificados, que participaram desse ato de vandalismo sejam punidos conforme prevê a lei“.
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