Marcelo Freixo afirmou que é “muito grave” o pedido de cassação da chapa vencedora de Cláudio Castro (PL). Em entrevista dada nesta quinta-feira (15) para o UOL, o deputado federal relatou que as eleições 2022 mostraram a realidade para os eleitores fluminenses.
"O que a gente assistiu na eleição, além da força do bolsonarismo, que reconheço, foi um evidente abuso de poder econômico sem precedentes", comentou Freixo. "Tivemos nas ruas do Rio de Janeiro aproximadamente 20 mil pessoas segurando bandeiras do candidato Cláudio Castro. Essas pessoas recebiam em média R$ 50 por dia. Isso dá R$ 1 milhão por dia. Esse dinheiro veio da onde? Está previsto onde? Não está".
Freixo lamentou que o governo do Rio esteja nas mãos de Cláudio Castro e relatou que há outras denúncias em torno do governador eleito. Ele afirmou que tudo caminhou como "uma máquina pública desviando dinheiro de tudo quanto é lugar".
O parlamentar também lamentou que os policiais estejam mais próximos do discurso adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) do que da esquerda. Porém, ele criticou o campo progressista de ter tido dificuldades para dialogar com a sociedade sobre segurança pública.
"Bolsonaro trabalhou muito por isso. O tempo inteiro insistiu em falar disso. Bolsonaro foi deputado 30 anos. E sempre falou de segurança pública. Podemos discordar de tudo que eles falaram, mas eles falaram. E uma parte significativa da esquerda nunca quis falar de segurança pública ou demorou muito. Teve muita dificuldade de falar com polícias e para polícias", explicou.
Freixo e a Embratur
O deputado federal participou da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele relatou que o setor de Turismo está muito “esvaziado” e que falta dinheiro. Por isso Freixo é defensor da PEC da Transição.
"Se essa PEC não for aprovada, não tem orçamento para o governo. Na pasta do Turismo, não tem um centavo. A Embratur hoje não pode servir um café. Não tem um centavo. A pasta do turismo tem R$ 19 milhões para fazer turismo para o Brasil inteiro, que é nada", completou.
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