Reportagem diz que Bolsonaro tem sido orientado para contestar vitória

Segundo uma apuração do The Washington Post, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se encontrou com Eduardo Bolsonaro e aconselhou ter tal atitude

Ex-presidente dos EUA, Donald Trump
Foto: Reprodução/YouTube Discovery Plus 13.08.2022
Ex-presidente dos EUA, Donald Trump

Uma reportagem do The Washington Post  afirmou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald  Trump , se encontrou com Eduardo  Bolsonaro e tem aconselhado o atual presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), a como agir neste cenário de derrota. Segundo o jornal,  Trump tem orientado que  o atual chefe do executivo  conteste  a vitória do adversário perante as urnas. 

A reunião teria acontecido no "Mar-a-Lago", resort de luxo localizado em Palm Beach, na Flórida, logo após a vitória de Luiz Inácio  Lula  da Silva (PT). 

O ex-estrategista de  Trump , Steve Bannon, preso recentemente e condenado por obstruir investigações sobre o ataque ao Capitólio em 2021, confirmou que o encontrou ocorreu no Estado do Arizona, dizendo ao  Post que o assunto tratado foi “a força das manifestações pró-Bolsonaro e potenciais desafios sobre o resultado eleitoral no Brasil”. Outro tema discutido pelo dois, segundo informou o ex-assessor de Trump, Jason Miller, foi a "censura digital e a liberdade de expressão”. 

Segundo os jornalistas Elizabeth Dwoskin e Gabriela Sá Pessoa que assinam a matéria, os aliados de  Bolsonaro encontram-se divididos quanto aos "próximos passos", com alguns querendo uma  contestação imediata da  vitória  de  Lula e outros pendendo para uma "guerra global em defesa da liberdade de expressão”.


Outro ponto trazido pela reportagem foi as recentes tentativas do atual presidente e o partido ao qual participa, PL, de  contestação  das urnas eletrônicas, dizendo que "provavelmente falhará, mas pode encorajar apoiadores”. “Manifestantes já foram fotografados segurando cartazes nos quais se lia #BrazilianSpring e #BrazilWasStolen, em inglês, mostrando grande ligação entre os movimentos de direita nos dois países”, completa.