O presidente Jair Bolsonaro e o PL, Coligação Pelo Bem do Brasil, entregou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um relatório no qual aponta “desconformidades irreparáveis no funcionamento das urnas”. Por conta disso, o grupo derrotado nas eleições 2022 pede anulação de votos feitos em modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015.
De acordo com o documento entregue pela sigla, o instituto Voto Legal indica que há problemas “irreparáveis de mau funcionamento das urnas com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”. A entidade foi contratada pelo Partido Liberal, presidida por Valdemar Costa Neto, para realizar uma auditoria independente.
Por conta deste argumento, a coligação solicita que “sejam invalidados votos das urnas em que sejam comprovadas desconformidades de mau funcionamento”. O Portal iG teve acesso ao documento que possui 33 páginas. O relatório pede a anulação de votos apurados em 250 mil urnas.
O PL já tinha indicado que apresentaria uma ação ao TSE para questionar as urnas eletrônicas. Na semana passada, Valdemar Costa Neto conversou com a imprensa e deu detalhes da representação que faria ao Tribunal Superior Eleitoral para apontar problemas nas eleições que deram a vitória para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o presidente do PL, auditoria feita por uma empresa contratada pelo partido havia achado problemas em 250 mil urnas eletrônicas fabricadas antes de 2020. A explicação é que as urnas antigas possuíam um único número de patrimônio.
Procurada, a assessoria do TSE disse que "a tramitação do processo pode ser acompanhada pelo PJe ( https://consultaunificadapje.tse.jus.br/#/public/inicial/index ). O número do processo é 0601958-94.2022.6.00.0000
Valdemar Costa Neto e o bolsonarismo
Valdemar sempre se colocou como um dirigente de centro e o PL fez parte dos governos petistas, passando para a gestão Michel Temer (MDB). Em 2020, a sigla entrou na gestão Bolsonaro e conseguiu levá-lo para a legenda.
Mesmo com a derrota do atual presidente, Costa Neto descartou fazer parte da base aliada de Lula e garantiu que o PL fará oposição ao futuro governo petista. Sua intenção é defender as bandeiras bolsonaristas nas eleições municipais de 2024.
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