Presidente do PSOL diz que transição não prevê ações do futuro governo

Juliano Medeiros explica que a equipe de transição busca apenas informações

Juliano Medeiros, presidente do PSOL: 08.07.2022
Foto: Divulgação: 08.07.2022
Juliano Medeiros, presidente do PSOL: 08.07.2022

Juliano Medeiros , presidente do PSOL , afirmou neste sábado (12) que os trabalhos dos grupos de transição de Lula não servem para definir as prioridades para o próximo governo. A explicação dele é que a futura gestão petista ainda não nomeou seus ministros.

“A transição não tem como atribuição definir as prioridades do próximo governo, até porque o governo nem está formado. O trabalho da transição é fazer um diagnóstico para que o novo governo possa ter as informações necessárias”, comentou em entrevista à CNN.

O presidente do PSOL relatou que a equipe de transição tem como responsabilidade buscar informações dos ministérios e apresentar os dados das situações das pastas. É uma maneira de ajudar o próximo governo.

“Nós temos aí 32 grupos técnicos temáticos e que têm como função apresentar o balanço da situação em cada pasta. Em cada governo que passa, se faz mudanças de processos e de organização. É uma série de levantamentos que são necessários”, completou.

 A guerra no PSOL

Lideranças do PSOL entraram em guerra sobre a participação do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Uma ala liderada por Glauber Braga , Sâmia Bonfim e Mônica Seixas não querem o partido na base governista para manter independência. Já o grupo liderado por Guilherme Boulos e Juliano Medeiros apoiam os psolistas na gestão petista.

Segundo apurou o Portal iG, o Movimento Esquerda Socialista (MES), que conta com a presença de Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Mônica Seixas e Luciana Genro, tem trabalhado internamente para convencer a sigla a não fazer parte do governo Lula. A intenção é ser independente.

Só que esse pensamento vai na contramão de outras lideranças do partido. Guilherme Boulos, Juliano Medeiros e Sônia Guajajara têm dito que é preciso fortalecer o governo Lula para enfraquecer a extrema-direita.  A avaliação é que o momento necessita de união.

O grupo ainda destaca que há um acordo para que o PT apoie Boulos na disputa pela prefeitura de São Paulo. A compreensão é que o PSOL precisa estar no jogo para colocar em prática suas políticas públicas. Uma delas, por exemplo, é a defesa dos povos originários, que pode ter Guajajara como ministra da pasta.

O PSOL vai se reunir no próximo mês para decidir se estará na base governista. A tendência é que a maioria escolha por embarcar na gestão de Lula e indique nomes para ocupar ministérios.

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