Pastores que apoiaram o presidente em exercício Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições vêm endossando, nas redes sociais, as manifestações antidemocráticas que ocorrem no país desde o resultado das eleições. A afirmação é da Casa Galiléia, ONG que tem como objetivo fortalecer o trabalho de católicos e evangélicos na promoção da democracia, da justiça ambiental e do engajamento sociopolítico.
Nas redes, líderes religiosos fomentam a falsa narrativa de que houve fraude nas urnas. Eles falam também em "guerra espiritual" e alegam que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria feito "pacto com o diabo".
A Casa Galiléia analisou, ao todo, 1.600 publicações feitas entre os dias 5 e 9 de novembro. As postagens foram tiradas de 37 páginas monitoradas do Facebook, 174 perfis do Instagram e 495 vídeos e 89 canais do YouTube.
O pastor Silas Malafaia seria um dos nomes a divulgar o conteúdo. Outros dois pastores menos conhecidos, Geovane Dias e Rubens Gabriel, compartilham profecias e teorias da conspiração.
Rubens Gabriel afirma em um dos vídeos que muitos fiéis não entenderam a revelação feita antes do primeiro turno, quando ele disse que Bolsonaro sairia vitorioso. Ele diz que "a batalha não acabou". O pastor Geovani Dias, por sua vez, compartilhou o vídeo de bolsonaristas em oração durante protesto antidemocrático e pediu a todos que rezassem pelo país.
Políticos bolsonaristas vinculados aos evangélicos, como o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), também repercutem os atos. Em posts no Instagram, eles pedem aos apoiadores do presidente que sigam se manifestando nas ruas.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG .