A deputada eleita Marina Silva (Rede) defendeu nesta segunda-feira (7) que o Brasil seja “protagonista” na COP27
, que acontecerá de 6 a 18 de novembro no Egito. Em entrevista para a CNN Brasil, a ex-ministra do Meio Ambiente criticou o governo Jair Bolsonaro (PL) em relação ao setor.
“Um dos passos [para o avanço da agenda de preservação] é a volta do Brasil ao terreno das COPs como protagonista. No governo [Jair] Bolsonaro eles sempre condicionam controlar o desmatamento a que nos paguem para fazer isso. E o Brasil vai dizer, sim, quer a cooperação internacional, mas preservar a Amazônia e os biomas brasileiros é interesse nosso”, comentou.
Marina elogiou a participação ativa dos enviados brasileiros na Conferência. Porém, na avaliação dela, o protagonismo do Brasil na COP27 ocorrerá pela presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A deputada eleita garantiu que o “principal passo” para o avanço da agenda de preservação no Brasil foi a vitória do petista.
Marina Silva ministra?
Durante o bate-papo, Marina foi questionada sobre seu trabalho na campanha de Lula e se há chance dela assumir o Ministério do Meio Ambiente a partir do ano que vem. Ela demonstrou satisfação por estar “contribuído programaticamente” com o petista.
“O presidente Lula está focado agora em como organizar a transição antes de fazer a viagem [para o Egito]. Ele vai ter o tempo necessário até a posse para escolher os seus ministros. O que eu tenho dito é que o presidente tem que ter a tranquilidade para fazer esse processo, olhando para o que são seus objetivos estratégicos dentro do governo”, contou.
Conforme o Portal iG noticiou mais cedo, o presidente eleito não sabe se convidará Marina para ser ministra ou se a deixará como uma das lideranças da sua base de apoio no Congresso Nacional.
Marina e as prioridades do governo
A deputada eleita apontou quais pontos devem ser prioridade do governo Lula em relação ao Meio Ambiente. “Independente de quem seja o ministro nomeado, tem algumas questões que são fundamentais: recompor o orçamento do ministério do meio ambiente, fortalecer o ICMBio, o Ibama, o INPE e fazer uma contenção para que o pacotes de destruição não andem no Congresso”, concluiu.
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