A professora Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida, que dá aula na Universidade Federal do Amapá ( UNIFAP ), se recusou a seguir orientando alunos do curso de Farmácia alinhados politicamente à esquerda em um programa de doutorado. Em um grupo de WhatsApp, ela pediu aos estudantes que procurassem outro professor porque não queria "esquerdistas" no laboratório. O print da conversa foi divulgado pela UNE (União Nacional dos Estudantes).
Em nota divulgada nas redes sociais, a reitoria da UNIFAP se pronunciou afirmando que irá investigar o caso, caracterizado como assédio, e que as providências necessárias serão tomadas após as devidas apurações. A instituição repudiou "toda e qualquer forma de que reprima o pensamento ou liberdade" de seus alunos e funcionários.
O Centro Acadêmico de Farmácia da UNIFAP (CAFAR) também emitiu uma nota de repúdio sobre o caso, em que "reitera a indignação dos acadêmicos do curso de farmácia, a respeito da tentativa de reprimir o pensamento e/ou a liberdade de se expressar politicamente ou qualquer outra forma de expressão".
A entidade cobra a investigação dos fatos pela UNIFAP, "bem como a adoção de medidas necessárias após a conclusão das apurações, a fim de coibir a continuação de atos que firam a liberdade dos discentes ou servidores do ambiente acadêmico."
Após a repercussão negativa do caso, Sheylla publicou um pedido de desculpas em uma rede social. Segundo ela, "no calor das eleições", acabou se "excedendo nas palavras".
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