Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais neste domingo (30) , apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que dizem não aceitar o resultado do pleito eleitoral ameaçam fechar rodovias em Santa Catarina em forma de protesto.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas vestindo verde e amarelo, algumas com levando a bandeira brasileira, afirmando que os caminhoneiros vão "parar o Brasil" e porque, segundo eles, o país "não aceita a esquerda".
Nosso movimento em Rio do sul (SC) pic.twitter.com/gneerJhUNI
Alguns dos manifestantes, inclusive, pedem a intervenção militar após o final das eleições e dão uma prazo de 72 horas para que isso aconteça.
"Eu tô com lideranças do Brasil inteiro, nós estamos com 256 pessoas. Travou o Brasil e não podemos liberar, 72 horas para o exército tomar conta. Se 'nóis' precisar ficar além das 72, travou, não libera nada", diz um bolsonarista em um vídeo.
"Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e dizer 'vocês não podem pedir intervenção militar '. Nós só saímos das ruas a hora que o exército tomar o país", completa.
Caminhoneiros falando que só sairão das estradas se as FFAA tomarem o país. Brasil parado. pic.twitter.com/hpJCRxRJKO
O protesto onde o rapaz foi filmado pedindo a intervenção das Forças Armadas acontece em Rio do Sul (SC), na rodovia BR-470, em frente a uma loja da Havan.
Nos vídeos também é possível ouvir uma espécie de "buzinasso" de veículos que estão estacionados no local, além de alguns caminhões parados interrompendo a circulação no trecho da estrada.
* Manifestação bloqueia BR 470 em Rio do Sul pic.twitter.com/EKEAIgvzgs
Também foram divulgados vídeos de apoiadores do candidato do PL fazendo uma manifestação em frente à Havan do município de Palhoça (SC). Ela localiza-se na BR-101.
Caminhoneiros estão provocando as FFAA para as ruas, em socorro do povo de bem! pic.twitter.com/NdVWbvM0gA
Primeiro presidente a não ser reeleito
A derrota de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições representa o fim do ciclo de reeleições entre os presidentes que se candidataram consecutivamente. É a primeira vez que isso acontece desde 1998, quando foi instituído a possibilidade de um segundo mandato na Constituição Federal.
Bolsonaro tentou a reeleição neste ano, contrariando uma promessa de campanha feita há quatro anos. Ele, entretanto, perdeu para o ex- presidente Lula, seu principal desafeto político. Enquanto o atual presidente teve 57 milhões de votos (49,1%), o petista teve mais de 59 milhões de votos (50,8%).
Até o momento, Bolsonaro não se pronunciou sobre a derrota nas urnas. Uma declaração do presidente é esperada para esta segunda-feira (31).
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