Eleito para o seu terceiro mandato com 50,9% dos votos válidos nas eleições 2022
, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste domingo (30) a reconciliação do país e chamou todos os brasileiros para se unirem em favor do futuro dos brasileiros. Em seu primeiro pronunciamento após a disputa mais acirrada para presidente desde a redemocratização, em 1989, o petista prometeu combater à fome e investir no desenvolvimento do Brasil.
Lula chegou acompanhado da futura primeira-dama Janja e, ao subir no palco, cumprimentou aliados, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a senadora Simone Tebet (MDB), o deputado federal André Janones (Avante), o vice da sua chapa Geraldo Alckmin (PSB), entre outros.
Antes de discursar, o petista falou ao celular, mas sem revelar com quem conversou. No início do discurso, agradeceu a todos os apoiadores políticos. “Eu quero começar essa pequena fala, que será lida, com agradecimento a Deus. A vida inteira sempre achei que Deus foi generoso comigo para eu sair da onde eu sair e chegar aonde eu cheguei”, afirmou.
Lula relembrou quando enfrentou diversos processos por corrupção e que o perseguiram nos últimos anos. “Tive um processo de reeleição na política. Tentaram me enterrar vivo e eu to aqui”, comemorou o presidente eleito, sendo aplaudido pelo público presente.
Também destacou que não foi apenas o PT que venceu, mas uma frente ampla que se tornou em cima da sua candidatura. “Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou, acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias, para que a democracia saísse vencedora”.
"O novo Brasil que iremos construir a partir de 1º de janeiro não interessa apenas ao povo brasileiro, mas a todas as pessoas que trabalham pela paz, a solidariedade e a fraternidade, em qualquer parte do mundo", falou Lula.
“O povo brasileiro quer viver bem, comer bem, morar bem. Quer um bom emprego, um salário reajustado sempre acima da inflação, quer ter saúde e educação públicas de qualidade. Quer liberdade religiosa. Quer livros em vez de armas. O povo brasileiro quer ter de volta a esperança”, acrescentou.
Lula garantiu que trabalhará nos próximos quatro anos para acabar com a fome no Brasil. “Nosso compromisso mais urgente é acabar com a fome novamente”, relatou. “Precisamos reconstituir o diálogo com o Legislativo e com o Judiciário”, completou.
“Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário”, comentou.
“Este país precisa de paz e de união. Esse povo não quer mais brigar. É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida”, defendeu o presidente eleito.
Lula promete retornar o Minha Casa, Minha Vida
O ex-presidente afirmou que apostará no Minha Casa, Minha Vida para diminuir a desigualdade social no Brasil. “O desafio é imenso. É preciso reconstruir este país em todas as suas dimensões. Na política, na economia, na gestão pública, na harmonia institucional, nas relações internacionais e, sobretudo, no cuidado com os mais necessitados”, pontuou.
“O Brasil não pode mais conviver com esse imenso fosso sem fundo, esse muro de concreto e desigualdade que separa o Brasil em partes desiguais que não se reconhecem. Este país precisa se reconhecer. Precisa se reencontrar consigo mesmo”, discursou o petista.
Lula defende o meio ambiente
O presidente eleito relatou que defenderá o meio ambiente e buscará acabar com o desmatamento da Amazônia.
"O Brasil está pronto para retomar o seu protagonismo na luta contra a crise climática, protegendo todos os nossos biomas, sobretudo a Floresta Amazônica. Em nosso governo, fomos capazes de reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia. Agora, vamos lutar pelo desmatamento zero", falou.
"Quando uma criança indígena morre assassinada pela ganância dos predadores do meio ambiente, uma parte da humanidade morre junto com ela. Por isso, vamos retomar o monitoramento e a vigilância da Amazônia, e combater toda e qualquer atividade ilegal", acrescentou.
Lula terminou agradecendo aos brasileiros e a imprensa. "O Brasil é a minha causa [...] Um abraço de coração, companheiros", encerrou.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.