Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) , candidatos à Presidência da República, participaram do último debate antes do segundo turno das eleições , que será realizado no próximo domingo (30).
O formato adotado pela TV Globo, que organiza o debate, abre a possibilidade para que os presidenciáveis caminhem livremente pelo estúdio. Com isso, eles podem sair das bancadas instaladas no local e se dirigirem à câmeras.
Em determinado momento, a pauta do encontro era a política internacional brasileira e o ex-presidente questionou o candidato do PL à reeleição sobre o isolamento do país na política externa.
"Por que ele isolou o Brasil do mundo? Ele não está em guerra. Quem está em guerra é a Rússia e a Ucrânia. Eu vivi a crise de 2008, quando quebrou o Lehman Brothers nos Estados Unidos, e eu disse: vai ser uma marolinha, e no ano seguinte esse país cresceu 7,5%. Por favor, diga por que você isolou esse país do mundo!", enfatizou o petista.
Em uma resposta sucinta, o atual chefe do Executivo do Brasil disse que o seu governo ampliou as negociações com 190 diferentes nações. Lula caminhava na direção da sua bancada, quando Bolsonaro fez um pedido. "Fica aqui, rapaz", disse.
O candidato do PT se virou rapidamente na direção do atual presidente e, sem sair do lugar, deu uma resposta rápida ao seu adversário.
"Não quero ficar perto de você", afirmou o ex-presidente. Bolsonaro pede mais uma vez para que ele volte e, na sequência, afirma que o Brasil está "batendo recorde de arrecadação".
Pesquisa Datafolha
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27) mostra Lula à frente na disputa pelo Planalto no segundo turno das eleições , com 49% dos votos. Já o atual chefe do Executivo aparece com 44%.
Em relação aos votos válidos, ou seja, em que brancos e nulos não são contabilizados, o petista alcançou 53%, enquanto o candidato do PL à reeleição teve 47%.
O ex-presidente terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos (57.259.504), enquanto Bolsonaro marcou 43,20% (51.072.345). O vencedor do pleito eleitoral comandará o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, assumindo o governo em janeiro de 2023.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.