Debate entre Tarcísio e Haddad é nacionalizado

Os candidatos tratam de pandemia, Auxílio Brasil e MST no último debate antes do segundo turno das eleições

Haddad e Tarcísio durante debate da Globo
Foto: Reprodução: TV Globo - 27/10/2022
Haddad e Tarcísio durante debate da Globo

O debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) começou nacionalizado com temas sobre pandemia, exportações e Auxílio Brasil.

Por ordem de sorteio pré-definida pela emissora e as campanhas, Haddad foi o primeiro a iniciar o tempo de 15 minutos livre. O petista perguntou ao adversário sobre frequência nas escolas e a vacinação em crianças no estado de São Paulo.

Tarcísio, no entanto, deixou a pergunta de Haddad de lado e usou os primeiros minutos para dizer que está sendo vítima de fake news e que precisava esclarecer alguns pontos aos eleitores.

"É minha primeira campanha eleitoral e a gente está sendo bombardeado por fake news. Vamos reestabelecer a verdade. Quando discuto privatização, a Sabesp já tem quase metade do capital privado, vamos estudar a privatização, só vamos seguir se a gente conseguir abaixar a tarifa. Segundo, salário mínimo vai ter aumento acima da inflação, aposentadorias e pensões vão ter aumento acima da inflação, funcionários públicos também, trazer segurança pública do Rio de Janeiro pra cá? Mentira. Auxilio emergencial vai ser garantido. Márcio França disse que o goleiro Bruno ia ser meu secretário. Isso é desrespeito. Deboche", disse o ex-ministro da Infraestrutura.

Em resposta, Haddad também nacionaliza o debate citando a pandemia e a educação. 

"Eu te perguntei para saber por que você não acompanha a vacinação de crianças. Outro dia você estava na televisão dizendo que as crianças vão ser mais obrigadas a se vacinar? Estava na Rede Globo dizendo isso! Obrigou o Burnier a pegar o estatuto da criança e do adolescente ler para você porque você não conhecia o estatuto da criança do adolescente e você vai cuidar de quantas crianças aqui no Estado de São Paulo? O Burnier também estava mentindo? Era fake news do Burnier? Você não conhecia o estatuto. É mentira que o Bolsonaro deu um real de, um real de aumento real de salário mínimo, em quatro anos não deu nada de aumento real. A inflação comendo solta."

O petista também afirma que Bolsonaro agiu mal e agravou a pandemia. Ele ainda cita que o presidente debochou do Butantan, instituição centenária do Estado de São Paulo, que ofereceu a vacina Coronavac contra a Covid-19. Haddad também fala sobre o período, durante a pandemia, que a capital do Amazonas estava escassa de oxigênio e acusou o ex-ministro da Infraestrutura de atrasar o envio dos suprimentos a Manaus.

"Por que está em sigilo de 100 anos a decisão do Bolsonaro de não disponibilizar avião para levar oxigênio para Manaus? Você, Tarcísio, foi conivente com a decisão do Bolsonaro", questionou Haddad.

Tarcísio respondeu que os oxigênios só podiam ser levados através de meios fluviais ou pela estrada por conta do volume e que seria um "risco enviar oxigênio em aviões".

O candidato do Republicanos ainda questionou Haddad sobre o MST, "(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). "Qual a participação do MST no seu governo?”. O petista respondeu: “Produzir, como ele está produzindo. Vai fornecer alimentos. Todo o estado de São Paulo comprava arroz orgânico para a merenda escolar do MST.”

Eleições

Segundo a Pesquisa Ipec, divulgada na última terça-feira (25) , Tarcísio de Freitas aparece na liderança no segundo turno  das eleições para o governo de São Paulo.

A aferição aponta que  o candidato apoiado por Jair Bolsonaro tem 52% dos votos válidos, enquanto seu adversário, Fernando Haddad (PT), alcança o voto de 48% dos eleitores paulistas.

No primeiro turno, Tarcísio alcançou 42,3% dos votos, enquanto o petista teve 35,7%.

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