O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu nesta quinta-feira (27) que os apoiadores do candidato vencedor das eleições 2022 terão o direito a usar a Avenida Paulista no domingo (30), a partir das 20h30. A ocupação da avenida no dia do segundo turno vinha sendo alvo de disputa por petistas e bolsonaristas. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que estavam organizando um ato para acompanhar a votação na via serão obrigados a recuar.
"Decide-se no sentido de que deverá dar-se conforme estritamente o resultado da eleição, prevalecendo e aplicando-se o mesmo consenso a que se chegou para o primeiro turno", escreveu o juiz Randolfo Ferraz de Campos na decisão.
O advogado do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Michel Bertoni Soares, afirmou que a decisão garante direitos constitucionais: “A decisão garante os direitos constitucionais de reunião e livre manifestação de pensamento, coroando a eleição como a festa da democracia. Isso porque permitirá que a avenida Paulista seja ocupada para comemorações do grupo que se sagrar vencedor das eleições presidenciais.”
A Justiça proíbe que grupos politicamente antagônicos se manifestem no mesmo lugar, justamente para evitar confrontos. Desde 2020, foi estabelecido um rodízio entre oposição e situação para o uso da Avenida Paulista.
Como foi a votação no 1º turno?
Lula terminou com 48,43% dos votos e Bolsonaro, 43,20% após 100% dos votos apurados . Apesar de uma expectativa por parte dos petistas de uma possível vitória no primeiro turno, a eleição será decidida em 30 de outubro. O vencedor irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026.
Lula recebeu um total de 57.259.504 votos. Já Bolsonaro, 51.072.345 votos. Abstenção representou 32.770.982.
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