Na manhã desta segunda-feira (17), o candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) , teve a visita em Paraisópolis , na Zona Sul da capital paulista, interrompida após um tiroteio na comunidade . Segundo os policiais militares da região, os tiros não tinham o candidato como alvo.
De acordo com a Segurança Pública de São Paulo ( SSP ), a equipe de segurança do candidato havia solicitado apoio à Polícia Militar para a realização do evento.
Na comunidade, como medida de segurança, os policiais pediram a dois ocupantes de uma motocicleta que mostrassem se estavam armados. O pedido foi atendido, mas com "certa insatisfação", segundo a SSP.
A dupla foi liberada e, depois de um tempo, voltaram armados "acompanhados de um grupo em que se via pelos menos duas armas longas", diz o boletim de ocorrência.
Logo, o tiroteio se iniciou entre os criminosos e os policiais. Um dos disparos atingiu Felipe Silva de Lima, de 28 anos. Ele foi socorrido por policiais militares e levado ao Hospital Campo Limpo, mas não resistiu.
O outro suspeito, o garupa da moto, chamado no boletim de "R.A.A", é procurado pela Justiça.
De acordo com o setor de inteligência da corporação atuantes em Paraisópolis, a hipótese mais provável de motivação do tiroteio é de que houve um aumento de policiais no local nesta manhã e os criminosos perceberam a presença de mais agentes na comunidade, começando uma troca de tiros.
No início desta tarde, o secretário de Segurança Pública paulista, o general João Camilo Pires de Campos, afirmou, durante coletiva, que é prematuro dizer que o tiroteio se tratou de um atentado contra o candidato.
"É prematuro dizer isso [se tratar de um atentado] com os dados que temos", disse Campos a jornalistas.
Segundo com ele, o episódio ainda vai passar por uma investigação e as câmeras instaladas nos uniformes dos policiais serão usadas no processo.
De acordo com os dados do general da SSP, a motivação teria ocorrido "na dinâmica de um ruído com (o fato de) a polícia estar presente (para fazer a segurança de Tarcísio)".
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ronaldo Miguel Vieira, afirmou que o tiroteio foi iniciado por criminosos que estariam incomodados com o policiamento no local.
"Os efeitos colaterais (troca de tiros) foram provocados pelos marginais que investiram contra a polícia. Eram motos, com oito indivíduos, dois deles portando com armas longas, que tiveram resposta da polícia", afirmou Vieira.
Segundo o coronel, não houve disparos contra o prédio em que o candidato e sua esquipe se protegeram, mas sim contra uma van escolar próxima ao imóvel.
Tarcísio e membros de imprensa que acompanhavam a agenda de campanha chegaram a ficar abaixados em uma sala de um prédio para se proteger.
Tarcísio de Freitas deixou o local acompanhado de seguranças e escoltado por uma van blindada.
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