A poucos dias do primeiro debate do segundo turno das eleições 2022 entre Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, disse que "todo mundo está cansado de briga" e que acredita em uma virada de votos.
A frase vai de encontro com as constantes tensões entre poderes, muitas vezes ditas pelo próprio presidente contra o STF (Supremo Tribunal Federal), em especial ao ministro Alexandre de Moraes.
"Aquela paz e harmonia que todos esperam é verdade. Está todo mundo cansado de briga", disse Flávio em entrevista ao jornal 'O Globo'.
Flavio disse ainda que "o presidente é genuíno" e que ele agora está "pedindo perdão por isso". As constantes explosões de Bolsonaro são alvos de críticas dos adversários políticos e até mesmo de aliados. Há, claro, quem goste e aprove o lado "genuíno" das declarações, embora as pesquisas de rejeição mostrem uma maioria contrária.
"O presidente é genuíno. Então quando ele explode e dá uma declaração infeliz, que pode magoar alguma pessoa ou gerar um sentimento ruim, é o que ele está fazendo agora: pedindo perdão por isso", disse Flávio.
É impossível, no entanto, não citar os mais de 50 milhões de votos do presidente, que viu uma diferença de pouco mais de 6 milhões para Lula.
Flávio, no entanto, acredita que é possível reverter os votos e diz que o petista teve votos de quem esperava um final no primeiro turno.
"Muita gente votou em Lula porque queria que acabasse logo no primeiro turno", afirmou.
Como estão as pesquisas?
A Pesquisa PoderData divulgada na terça-feira (12) mostrava o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 52% das intenções de voto contra 48% de Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno das eleições de 2022. Os candidatos mantiveram as números registrados na semana anterior , indicando um cenário estável.
O levantamento realizado de 9 a 11 de outubro de 2022 aponta uma vantagem de quatro pontos do petista ante o atual chefe do Executivo. Desta vez, o PoderData entrevistou 5.000 pessoas. Portanto, como número de entrevistas é maior que nas rodadas anteriores, os resultados tendem a ser mais precisos. A margem de erro do levantamento é de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
No primeiro turno — após 100% das urnas apuradas — o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontou o petista com 48,43% dos votos válidos e o atual chefe do Executivo com 43,2%.
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