Operação da PF: Calheiros e Lira trocam acusações nas redes sociais

O motivo foi a operação da Polícia Federal que mirou o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB)

Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB)
Foto: Reprodução/montagem iG - 11/10/2022
Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB)

O senador Renan Calheiros  (MDB-AL)  e o presidente da Câmara dos Deputados  Arthur Lira (PP-AL) trocaram acusações através das redes sociais nesta segunda-feira (11). O motivo foi a operação da Polícia Federal que mirou o governador de AlagoasPaulo Dantas (MDB) .

No segundo turno, o relator da CPI da Covid apoia a reeleição Dantas ao governo de Alagoas, enquanto Lira apoia a candidatura de Rodrigo Cunha (União Brasil).

Renan Calheiros alega que o deputado interferiu na investigação contra Dantas. O senador aponta que no dia 5 de outubro, ele fez um alerta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Ministério Público de que Alagoas "é vítima do uso político da PF e do abuso de autoridades".

O emedebista também acusou Lira de querer montar uma Gestapo — polícia secreta da Alemanha nazista.

O senador também acrescenta que "a perseguição remonta a 2017".

O chefe da Câmara rebateu as acusações de Calheiros, dizendo que o legislador "não toma jeito" e justificou que o STF determinou o afastamento do governador de Alagoas.

Lira ainda acusou Calheiros de querer abafar a corrupção e afirmou que hoje "não há interferência" na Polícia Federal.

Ação da PF

O governador de Alagoas e candidato à reeleição pelo MDB, Paulo Dantas, é um dos alvos de uma operação da polícia federal deflagrada na manhã desta terça-feira (11).

A ação do  Ministério Público Federal (MPF) investiga supostos casos de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa do estado . O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já pediu o afastamento preliminar de Dantas do cargo.

Na operação, apelidada de Edema, estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão, inclusive na Assembleia Legislativa de Alagoas, no Palácio do Governo do Estado, e na casa de Dantas e de parentes. A ação apura supostos desvios públicos desde 2019.

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