O que se sabe sobre o acidente com o avião em Congonhas

Caso repercutiu em todo o país

Acidente Aeroporto de Congonhas
Foto: Reprodução: redes sociais - 9/10/2022
Acidente Aeroporto de Congonhas

No último domingo (9), a pista principal do Aeroporto de Congonhas , em São Paulo, teve que ser interditada depois que o pneu do trem de pouso traseiro de um avião de pequeno porte estourou durante o pouso.

A aeronave transportava dois tripulantes e três passageiros no momento que pousou na pista do aeroporto às 13h30. Porém, o pneu do trem de pouso traseiro estourou e o avião acabou ficando perto do barranco no final da pista. Apesar do susto, ninguém ficou ferido, segundo a Infraero.

A aeronave tem como matrícula PP-Mix e sua documentação estava regular no momento em que realizava o trajeto. Porém, ainda não se sabe qual o motivo do acidente e os investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) estão apurando o caso.

Segundo o portal G1, áudios que foram propagados em grupos de WhatsApp de pilotos apontam que o pneu pode ter estourado por causa de uma mudança brusca de direção e velocidade do vento em uma distância pequena, o que resultou no estouro do pneu e falha no freio.

O avião deixou a pista às 22h, quase nove horas depois do acidente. A aeronave saiu do local e foi levada para uma pista lateral. A pista principal, que estava bloqueada, foi liberada às 22h18.

A demora para a retirada do avião aconteceu porque não tinha equipamento para retirá-lo. Por conta disso, 140 voos foram cancelados, sendo 73 que estavam saindo de Congonhas, enquanto outros 67 estavam chegando.

Filas intermináveis

O acidente fez com que voos fossem cancelados, o que gerou filas e saguão lotado. Muitas pessoas dormiram no aeroporto para aguardar a liberação das viagens. Teve quem esperou mais de oito horas para poder viajar. Outros usuários buscaram se hospedar em hotéis, mas teve quem contasse nas redes sociais que precisou aguardar por 12 horas para encontrar um quarto.

Com todo esse problema, especialistas apontam que os passageiros prejudicados com os atrasos das viagens podem ganhar indenizações das companhias aéreas. Mesmo sendo um caso raro de ocorrer, elas não estão isentas de responsabilidade civil e podem ter que indenizar os clientes por danos morais.

A falha na prestação de serviço, como atrasos e cancelamentos de voos, podem custar 20 salários mínimos para cada consumidor que for para a Justiça.

Aeronaves de baixa performance em Congonhas

Com toda a confusão, voltou o debate sobre a proibição de aeronaves no aeroporto de Congonhas. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) bate na tecla que aviões de baixa performance não devem ter autorização para pousar no local para evitar esse tipo de confusão.

"A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) destaca a importância de restringir a operação de aeronaves de baixa performance a fim de agilizar a recomposição da malha nacional e atender os milhares de passageiros que precisam ser transportados nesta segunda-feira”, diz trecho da nota do órgão.

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