A Polícia Federal informou, nesta sexta-feira (7), que o empresário filmado oferecendo uma quantia em dinheiro para funcionários que votassem em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleiçõe s foi indiciado.
De acordo com a corporação, Maurício Lopes Fernandes Júnior, conhecido como "Da Lua", foi enquadrado no crime eleitoral de compra de votos .
A PF cumpriu um mandato de busca e apreensão no município de São Miguel do Guamá, no Pará. A ação fez parte da operação "Duzentão", nome que refere-se aos R$200 que o empresário ofereceu a seus funcionários.
No vídeo que circulou nas redes sociais nos últimos dias, o dono de uma cerâmia também ameaça os funcionários de demissão no caso de o candidato opositor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencer o pleito eleitoral.
🚨 URGENTE! COMPRA DE VOTOS.
— CUT Brasil (@CUT_Brasil) October 4, 2022
O vídeo abaixo é de Maurício Lopes Fernandes Júnior, o “Da Lua”, empresário em São Miguel do Guamá (PA), ameaçando os trabalhadores caso eles não votem em Jair Bolsonaro e prometendo R$ 200 em caso de vitória de Bolsonaro. (fonte @felixenzoliver ) pic.twitter.com/CSimOBxX93
"O investigado – dono de uma cerâmica - foi ouvido pelo chefe da operação, admitindo que era ele no vídeo. Por haver indícios de autoria e materialidade, foi feito o indiciamento por condutas relacionadas a crimes eleitorais. O empresário responderá em liberdade. Também foram ouvidos trabalhadores, que confirmaram a hipótese criminal de compra de votos, mas não a ameaça de demissão em caso de insucesso do candidato apoiado no pleito", informou, em nota , a PF.
De acordo com o Código Eleitoral, é proibido oferecer ou prometer quantias em dinheiro para manipular o voto de outras pessoas, sob pena de até quatro anos de prisão e pagamento de multa pela atividade.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.