Por que TSE pediu as digitais mesmo para quem não fez a biometria?

Justiça Eleitoral fez parcerias com outros órgãos

Biometria
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Biometria

Muitos eleitores que não cadastraram a biometria no cartório eleitoral conseguiram passar pelo sistema no último domingo (2) ao passarem pelas urnas eletrônicas das eleições 2022 . Para que isso ocorresse, a Justiça Eleitoral firmou parcerias com vários órgãos com o objetivo de acelerar a fila de votação.

Diversos eleitores tinham a biometria cadastrada no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), no Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) ou nos Institutos de Identificação do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Com a parceria, todas essas informações foram entregues ao Tribunal Superior Eleitoral.

O processo foi muito simples: eleitores só tiveram que colocar as digitais no leitor para que pudesse ser validado o dado biométrico importado ao banco de dados da Justiça Eleitoral. O sistema é igual ao experimentado pelos demais cidadãos brasileiros que colheram a biometria diretamente da Justiça Eleitoral.

Não houve qualquer aumento no tempo de votação para além do que acontece normalmente pelos brasileiros quando vão votar. É uma maneira de colher as informações sem prejudicar o funcionamento do processo eleitoral, evitando enormes filas de espera.

“A importação de dados biométricos de outros órgãos está prevista na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.669/2021, artigo 246, segundo o qual, ‘Bases externas de biometria oriundas de entidades conveniadas com o TSE poderão ser utilizadas para fins de validação da eleitora ou do eleitor na seção eleitoral’”,  informa o TSE em seu site.

Biometria nas eleições brasileiras

A biometria iniciou os primeiros testes em 2008, nas cidades de São João Batista (SC), Fátima do Sul (MS) e Colorado do Oeste (RO). Dois anos depois, o TSE ampliou o sistema para outros 57 municípios, atingindo mais de um milhão de eleitores em 23 estados.

Em 2020, o TSE informou que as impressões digitais atingiram mais de 78% da população brasileira. Seu principal objetivo é que esse percentual se transforme em 100% até 2026.

A Justiça Eleitoral destaca que a biometria praticamente elimina a chance de intervenção humana nas urnas eletrônicas, pois o eleitor só pode ir votar quando o leitor biométrico identificar as impressões digitais da pessoa.

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