Abstenção em 2022 supera registros de 2018; brancos e nulos caíram

Dados publicados pelo TSE mostraram que houve registro de 4,20% de votos brancos e nulos; em 2018, índice foi 8,8%

Abstenção em 2022 supera registros de 2018; brancos e nulos caíram
Foto: Leopoldo Silva / Agência Senado - 02.10.2022
Abstenção em 2022 supera registros de 2018; brancos e nulos caíram

primeiro turno das eleições teve abstenção de mais de 32 milhões de pessoas, o que equivale a 20,95% dos brasileiros aptos a votar. O número é a maior abstenção das últimas seis eleições gerais.

Apesar disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que houve redução no número de brancos e nulos. Os dados publicados mostraram que houve registro de 4,20% de votos brancos e nulos. Em 2018, o índice foi 8,8%.

Segundo o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, esse foi um motivo que contribuiu para o aumento de filas nos locais de votação.

"Aproximadamente 7,5 milhões de pessoas compareceram a mais para votar em candidatos, deixando de votar nulo e em branco. Talvez porque é uma eleição acirrada, mais polarizada. Isso pode ter sido um dos motivos concorrentes para que tenham ocorrido filas. É diferente uma pessoa anular o voto, votar em branco do que escolher as cinco opções, leva um tempo a mais. É um dado interessantíssimo, porque representa uma maior participação efetiva na escolha dos dirigentes do país", declarou em coletiva neste domingo (2).

Confira as abstenções desde a redemocratização:


Votos brancos e nulos 

Já os votos brancos e nulos registraram queda em relação a 2018:

  • 2018 – 2,6% votaram em branco; 6,1% anularam
  • 2022 – 1,59% votaram em branco; 2,82% anularam

Quando será o segundo turno?

A data para o segundo turno das eleições de 2022 já está marcada: 30 de outubro. No dia, os  eleitores irão votar para o  cargo de governador (nos estados em que haverá segundo turno) e para o cargo de presidente da República.

Lula e Bolsonaro disputarão a preferência do eleitor. Na noite deste domingo, a apuração do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) mostrou que o candidato do PT terminou na liderança da disputa, com 48,43% dos votos. Enquanto isso, Bolsonaro terminou com 43,20%.

Após a definição do segundo turno entre Lula e Bolsonaro, os dois candidatos à presidência falaram com a imprensa. Lula fez um breve pronunciamento em São Paulo enquanto Bolsonaro falou na entrada do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Lula declarou que "vai ser a primeira chance de fazer um debate tête à tête com o presidente da República. Vamos deixar o segundo turno para debater, para a gente poder medir, fazer comparações do Brasil que ele construiu e do Brasil que nós construímos. A partir de amanhã eu estou em campanha. Nós vamos ter que viajar mais, fazer mais comícios, conversar mais com as pessoas e convencer a sociedade brasileira daquilo que estamos propondo", disse o ex-presidente.

Já Bolsonaro afirmou que "temos um segundo tempo pela frente, onde tudo passa a ser igual e nós vamos mostrar melhor à população brasileira, especialmente à classe mais afetada, a consequência da política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’, a consequência de uma guerra lá fora e de uma crise ideológica”, disse ele. Bolsonaro também pretende usar governos de esquerda na América do Sul, como Chile e Argentina, de uma maneira negativa, afirmando que “certas mudanças vêm para pior".

Segundo turno para governador 

Em 12 estados haverá segundo turno na disputa pelo governo estadual. Veja quais são:

  • Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) X Carlos Manato (PL)
  • Mato Grosso do Sul – Renan Contar (PRTB) X Eduardo Riedel (PSDB)
  • Rio Grande do Sul – Onyx Lorenzoni (PL) X Eduardo Leite (PSDB)
  • Rondônia – Marcos Rocha (União Brasil) X Marcos Rogério (PL)
  • Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) X Décio Lima (PT)
  • Paraíba – João Azevedo (PSB) X Pedro Lima (PSDB)
  • São Paulo – Tarcísio de Freitas (Republicanos) X Fernando Haddad (PT)
  • Pernambuco – Marília Arraes (Solidariedade) X Raquel Lyra (PSDB)
  • Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) X ACM Neto (União Brasil)
  • Amazonas – Wilson Lima (União Brasil) X Eduardo Braga (MDB)
  • Alagoas – Paulo Dantas (MDB) X Rodrigo Cunha (União Brasil)
  • Sergipe – Rogério Carvalho (PT) X Fábio Mitidieri (PSD)

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