O debate promovido pela Globo na última quinta-feira (30) misturou vários sentimentos na campanha do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Aliados aprovaram o comportamento incisivo do petista, principalmente contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas lamentaram que houve pouco espaço para que ele falasse com os eleitores indecisos.
O primeiro bloco do encontro foi muito comemorado pelos petistas. O chefe do executivo federal estava muito nervoso e atacou inúmeras vezes o líder nas pesquisas, lhe dando brecha para diversos pedidos de direito de resposta. Boa parte foi concedido pela emissora.
Na avaliação da cúpula do PT, Lula soube se defender e acuou Bolsonaro, posição oposta ao que ocorreu na Band, no final de agosto. A expectativa era que o presidente da República repetisse a dose nos outros blocos, o que acabou não ocorrendo.
O mandatário optou por fugir do confronto contra o petista e escalou Padre Kelmon (PTB) para provocar seu adversário. Lula não ficou calado ao ser atacado pelo candidato de Roberto Jefferson (PTB) e protagonizou um dos momentos mais tensos.
Marqueteiros do ex-presidente se preocuparam e buscaram informações de pesquisas qualitativas para saber se o bate-boca prejudicou o líder nas pesquisas. Porém, a identificação foi que Lula foi vítima de um “falsário” que apenas tinha como objetivo tumultuar o debate.
Mas Lula escorregou, segundo pesquisa
O ex-presidente, na avaliação da campanha, teve um desempenho abaixo do esperado no terceiro e quarto bloco. Apesar de ter sido elogiado por enfrentar Felipe D’Ávila com bons argumentos, o petista foi alertado pela sua equipe de que não foi convincente ao responder Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
O PT apontou que ocorreram três momentos no debate: o discurso para o “cercadinho”, o entretenimento trash e a discussão propositiva. Nas duas primeiras partes, Lula foi visto como vencedor. Já na terceira parte, a visão é que Tebet acabou se destacando.
A discussão propositiva foi a parte que mais chamou a atenção dos indecisos. A campanha do ex-presidente entende que ele não conseguiu atrair esse grupo. Agora a equipe quer mobilizar a militância para amanhã com o objetivo de conquistar eleitores ao petista e finalizar as eleições 2022 no primeiro turno.
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