Jornalista foi o mediador do debate na TV Globo nesta quinta (29) e teve que chamar a atenção dos candidatos para as regras previamente acordadas
Todos os candidatos, pelo menos uma vez, tiveram seu microfone cortado e seguiram falando. As discussões fizeram o apresentador pedir que os candidatos se acalmassem. "Os senhores assinaram um documento para estar aqui diante do público brasileiro apenas para debater e não para esse tipo de agressão. Vamos respirar", disse.
O mediador demonstrou um evidente incômodo com a quantidade de pedidos de resposta, que acabaram atrasando o debate. "O candidato Bolsonaro pediu um direito de resposta que foi negado pois ele sequer foi citado na fala", chegou a dizer Bonner durante intervenção no segundo bloco.
Esta foi considerada a principal intervenção de Bonner, quando Lula (PT) e Padre Kelmon (PTB) discutiam no púlpito. Ele chegou a pausar o evento para dar uma bronca no petebista, que por diversas vezes já havia interrompido as respostas e réplicas dos adversários.
Na sequência, Lula e Kelmon passaram a discutir mesmo com o microfone desligado e Bonner teve de interromper o debate novamente, chegando a propor um intervalo — que não foi necessário.
“Peço desculpas ao público, pois, infelizmente, não está sendo cumprido o ordenamento combinado entre os candidatos. Posso pedir um intervalo ou os senhores vão se conter? Peço que se acalmem. Estamos aqui para debater, e não por esse tipo de agressão e ofensa pessoal”, advertiu o jornalista.
Como os candidatos quase não conseguiam passar uma rodada sem discutir, o apresentador lembrou várias vezes o intuito do debate e que havia um público assistindo em casa.