Um grupo de candidatos a deputado estadual e federal do PL está escondendo o presidente Jair Bolsonaro ( PL
) na reta final da campanha. Esse tipo de problema já era esperado ocorrer no Nordeste, mas a situação se espalhou nas regiões Norte e Sudeste. A maior dor de cabeça tem ocorrido em Minas Gerais e São Paulo, gerando crise no partido no meio das eleições 2022
.
Segundo apurou a reportagem, antes do início da campanha, a direção nacional do Partido Liberal autorizou seus filiados a apoiarem qualquer candidato à Presidência e Governador. Porém, a sigla proibiu os diretórios estaduais de fazerem coligações com legendas de esquerda.
Com a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos estados nordestinos, muitos postulantes a vaga na Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas avisaram que ficariam neutros ou apoiariam o petista, deixando Bolsonaro de lado.
No entanto, com a liderança do ex-presidente em Minas Gerais e São Paulo, o “esconde-esconde” do chefe do executivo federal se acentuou. O problema chegou aos ouvidos de Bolsonaro, que reclamou com a direção do PL e pediu providências o mais rápido possível.
Só que os líderes do Partido Liberal avisaram que é impossível qualquer cobrança em torno dos candidatos no meio da campanha, mas informou que pelo menos os filiados se mantenham neutros nos estados paulista e mineiro para evitar o fortalecimento de Lula.
Grupo de candidatos do PL e seus motivos para esconderem Bolsonaro
Uma ala que tem escondido o presidente da República está tentando passar a imagem de neutralidade e independência. Pesquisas internas em São Paulo identificaram que os eleitores paulistas estão mais propensos a apoiarem nomes que não estejam ligados a nenhum lado.
Já a outra parte não quer se associar a Bolsonaro por não ter ligação ideológica com ele. Há grande preocupação não apenas de perder eleitor, mas de ficar marcado como uma figura bolsonarista.
O PL escutou as reclamações de todos os lados, mas não quer ser duro contra ninguém. Há muito esforço para eleger o presidente, no entanto, a maior preocupação é formar uma bancada numerosa para negociar com o futuro chefe do executivo federal, independentemente da sua ideologia.
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