O presidente Jair Bolsonaro (PL) transformará as pesquisas eleitorais seus principais alvos nesta reta final da campanha. Todos os bolsonaristas que fazem parte da campanha estão autorizados a questionar a credibilidade dos institutos. O principal objetivo é manter a militância animada e impedir um clima de “já ganhou” do grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022
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As primeiras ações já surgiram nas redes sociais. Candidatos e influenciadores que apoiam à reeleição do atual chefe do executivo federal possuem a missão de colocar em dúvida os números apresentados pelas empresas que realizam os levantamentos. Os principais “inimigos” são o Datafolha e o Ipec, que apresentam os melhores índices para o petista.
A outra atitude coordenada é questionar os veículos de comunicação pelo pouco espaço dado para institutos que mostram resultados favoráveis a Bolsonaro. Um dos exemplos é a Paraná Pesquisas, que mostra um empate técnico entre o mandatário e o ex-presidente da República.
Outro plano é usar a campanha de rua para convencer os eleitores que as pesquisas não apresentam números reais. Diretórios estaduais do PP, PL e Republicanos identificaram que pessoas que vivem em cidades do interior do Brasil são mais desconfiadas em relação aos levantamentos.
E a missão dada ao presidente Jair Bolsonaro é com que ele enfatize em seus discursos – tanto em comícios quanto nas redes sociais – que os relatórios estão errados. A campanha entende que a palavra do chefe do executivo federal tem maior credibilidade entre seus apoiadores.
Bolsonaro quer evitar clima de “já ganhou”
O presidente quer impedir que o lado petista tenha o clima de ‘já ganhou” e conquiste ainda mais eleitores do interior do Brasil. Segundo sua equipe, há um fenômeno no interior do Brasil que muitos eleitores escolhem o candidato que possui maior chance de vencer a eleição.
No entanto, a campanha tomará todo o cuidado para não apavorar eleitores propensos a realizarem o voto útil para evitar um segundo turno. Os bolsonaristas entendem que atos radicais possam favorecer Lula. Por isso o pedido é que as críticas sejam feitas em tons moderados.
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