Nesta terça-feira (13), o candidato ao governo do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB) afirmou que os policiais precisam agir para impedir que o tráfico e a milícia sigam ocupando as favelas do estado. Ele garantiu que dará todo o suporte para os agentes de segurança pública, mas avisou que proibirá que helicópteros atirem durante operações da PM.
“Claro que a polícia tem que agir. E a gente tem que retomar território. Olha o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Saiu um relatório hoje que mostra que a milícia cresceu 387% de domínio territorial no Rio de Janeiro”, explicou.
“Claro que tem que entrar [na favela], tirar tudo e ocupar. Mas tem que ocupar com um programa, pensando nesses moradores e pensando que a segurança tem dois braços. Um braço é prender bandido e enfrentar o crime e retomar o território. O outro é investimento social, pra que aquela criança tenha pra onde ir e tenha alternativa”, acrescentou.
"O que eu não quero é um lugar ficar sendo disputado entre tráfico e milícia. Eu quero um lugar onde o estado esteja presente. Agora, é uma polícia treinada, uma polícia equipada, uma polícia preparada para respeitar o morador, porque esse morador é vítima do tráfico, da milícia. Ele não pode ser vítima do estado”, completou.
Freixo vai proibir tiro de helicóptero
O candidato ao governo do Rio declarou que, caso seja vença as eleições 2022 , vai proibir que helicópteros da polícia atirem durante operação. Ele explicou que a medida é para evitar que inocentes morram durante as ações dos agentes de segurança pública.
“A chance de você matar um inocente numa favela, com um tiro dado de cima, é enorme”, comentou. “O helicóptero é importante tecnicamente, porque o helicóptero tem uma visão total, e isso eu já conversei com diversos policiais e a boa polícia tá do nosso lado, ele tem uma visão total do que está acontecendo numa área de conflito”.
“Na minha opinião, nesse momento, não pode [dar tiro]. O tiro dado por um helicóptero pode levar crianças a serem mortas, idosos a serem mortos. O helicóptero estará presente, mas do helicóptero não pode partir tiro que possa matar uma criança, um idoso”, concluiu.
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