O deputado estadual Thiago Pampolha (União Brasil) será o novo vice na chapa encabeçada por Cláudio Castro (PL) ao governo do Rio. A opção por Pampolha se deu na véspera do último dia de prazo para a formação definitiva da chapa, e após idas e vindas de uma negociação conturbada entre o governador e seus aliados desde que o vice anterior, Washington Reis (MDB), perdeu o posto ao ser declarado inelegível pela Justiça Eleitoral . Pampolha não era a primeira opção em vista, mas sua escolha permite a Castro evitar perder o apoio do partido com a maior fatia do fundo eleitoral.
Desde que Reis ficou sem a vaga, o União Brasil reivindicou o posto de vice por ser o maior partido da aliança em torno de Castro. Antonio Rueda, cacique da legenda, fez reunião com Cláudio Castro, e defendeu o nome do deputado federal Vinicius Farah para a vice. Farah, contudo, foi rejeitado por aliados de Castro que comandam outras legendas da coligação. O presidente do MDB fluminense, Leonardo Picciani, por exemplo, não tem boa relação com ele desde que Farah deixou seu partido.
Diante da impossibilidade de emplacar Farah, outros nomes do União Brasil foram sugeridos, como Daniella do Waguinho, Márcio Canella e Alexandre Isquierdo. Não houve consenso, e a chance de perder a vaga de vice fez Rueda decretar a Cláudio Castro que o União Brasil não mais o apoiaria.
Este era um cenário possível até este domingo. O nome do deputado federal Doutor Luizinho, do PP, chegou a ganhar força na reta final, mas Castro fez questão de que a escolha fosse feita com a participação de Washington Reis. Uma reunião do governador com o antigo vice definiu o nome de Thiago Pampolha, e um rearranjo da aliança com o União Brasil.
Nome originalmente favorito de Castro para o posto, Vinicius Farah esbarrou no fato de ter sido um dos presos da Operação Furna da Onça. Canella, por sua vez, é visto como potencial puxador de votos na Baixada Fluminense e por este motivo teve a sua candidatura à Alerj mantida. Dr. Luizinho, apesar de não pertencer aos quadros do União, era defendido por alguns caciques da legenda, que sonhavam em herdar o seu espólio político.
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