amp 7 de setembro

Em 2021, o presidente convocou atos antidemocráticos em meio a grave crise econômica e sanitária, com falas polêmicas e ameaças a ministros. Relembre →

Como tudo começou…

Em 2021, o Brasil enfrentava fortes dificuldades econômicas, com a disparada da inflação e desemprego próximo a taxas recorde. O país também se recuperava de uma de suas maiores crises sanitárias - a pandemia causada pela Covid-19.

Michael Dantas/Divulgação

Impacto político

O contexto fragilizado trouxe consequências para o Planalto. Em junho de 2021, o Ipec publicou uma pesquisa apontando que a aprovação da gestão Bolsonaro caiu para 24%, enquanto a reprovação era de 49%. O Datafolha também divulgou um levantamento indicando que o atual presidente não seria reeleito em qualquer cenário proposto.

Clauber Cleber Caetano/PR - 10.08.2022

Tensão em Brasília

Em meio à crise e queda de popularidade, Bolsonaro também enfrentava embates contra o Congresso Nacional e ministros do STF. O presidente havia dado várias declarações de cunho golpista - como quando foi incluído no inquérito das fake news e ameaçou agir fora da Constituição.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Falas polêmicas

Bolsonaro defendia a volta do voto impresso, mas a proposta foi derrubada pelo Congresso. Ele polemizou ainda mais após declarar que só realizaria novas eleições em 2022 se fossem "limpas” - aumentando o receio das instituições sobre os atos do feriado nacional serem impulsionados pelas falas antidemocráticas do presidente.

Foto%3A RICARDO MORAES/REUTERS - 28.10.2018

Contragolpe

Em agosto, subprocuradores-gerais da República pediram a apuração de uma suposta convocação feita por Bolsonaro para o ato de 7 de setembro. Segundo a publicação, o presidente enviou um texto por WhatsApp a apoiadores em que os incitava a irem às ruas para um "contragolpe" no feriado do Dia da Independência.

Divulgação/Planalto/Marcos Corrêa/PR

Vésperas do feriado

Bolsonaro convocou seguidores a protestarem em seu favor e, implicitamente, chamou também policiais. "A população brasileira tem o direito, caso queira, de ir às ruas e participar dessa nossa data magna em paz e harmonia. O mesmo se aplica a todos os integrantes do Poder Executivo Federal que não estejam de serviço", disse o mandatário.

Reprodução

Manifestações pró-Bolsonaro

Atendendo ao pedido de Bolsonaro, os apoiadores do governo, em protesto, furaram um bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal e ocuparam a Esplanada com caminhões. O local só começou a ser desocupado a partir do dia 9, depois de algumas negociações entre Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e os manifestantes.

Divulgação/Planalto/Alan Santos/PR

Momentos de tensão

Com receio de protestos violentos, integrantes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF) pediram ao governo do Distrito Federal um reforço na segurança da Esplanada dos Ministérios.

Antonio Molina/Fotoarena/Agência O Globo

Ataque às urnas e ministros

No feriado, em discurso para apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, Bolsonaro defendeu o voto impresso e fez críticas diretas a Moraes, a quem se referiu como “canalha”.

FOTO%3A AGÊNCIA BRASIL

Eleições de 2022

Desde que chegou ao poder, Bolsonaro marcou as comemorações do 7 de setembro com inúmeras polêmicas. Neste ano, além do valor simbólico dos 200 anos da independência, outra questão chama atenção para o feriado: as eleições de outubro.

Francisco Stuckert/Fotoarena/Agência O Globo

Corrida eleitoral

Após as declarações de cunho antidemocrático, opositores de Bolsonaro ficam cada vez mais receosos sobre a repercussão das manifestações deste ano no processo eleitoral - já que Bolsonaro ocupa o 2º lugar na maioria das pesquisas e pode ir para o 2º turno com um dos seus maiores rivais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Reprodução/Band - 29.082022

O que se sabe até agora sobre o desfile de 2022

É esperado um público recorde para 2022, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF. Para evitar a repetição de atos como o de 2021, o governo proibiu a entrada de veículos na Esplanada e deve isolar, inclusive para pedestres, os prédios considerados sensíveis, como a própria sede do Supremo e o Congresso, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça.

Reprodução%3A commons - 02/09/2022

E o presidente?

Após sair de Brasília, Jair Bolsonaro participará do evento de 7 de setembro no Rio de Janeiro.

Divulgação/Planalto/Marcos Corrêa/PR