O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a usar as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil para fazer discurso eleitoral. Na tarde desta quarta-feira (7), em ato na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o mandatário mencionou, novamente, as "quatro linhas da Constituição" e fez ataques diretos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Esperem a reeleição para ver se todos não vão jogar nas quatro linhas da Constituição", disse o presidente.
O discurso do mandatário durou cerca de 17 minutos em cima de um trio elétrico e, e em sua fala, defendeu pautas conservadoras, citando a posição contrária à legalização das drogas, ao aborto e à "ideologia de gênero".
"Não sou muito educado, falo palavrões, mas não sou ladrão", afirmou Bolsonaro, que não citou o nome de Lula, mas se referiu a ele como "quadrilheiro de nove dedos" que quer "voltar à cena do crime" e deve ser, na visão dele, "extirpado da vida pública".
"Compare o Brasil com a Argentina, a Venezuela e a Nicarágua. Eles são amigos do quadrilheiro que disputa a eleição. Esse tipo de gente tem que ser extirpado da vida pública, teremos um governo muito melhor com a nossa eleição, com a graça de Deus", afirmou.
"Não estamos do lado da Venezuela, tampouco da Nicarágua. O nosso governo respeita a carta da democracia, que é a nossa Constituição. O outro lado assina cartinha que não é a nossa Constituição", afirmou, sobre manifestações pró-democracia.
O evento ocorre na Zona Sul do Rio, onde o mandatário chegou acompanhado de apoiadores em uma 'motociata'. Ao lado de Bolsonaro no Rio, estão o vice de sua chapa, general Braga Netto, o governador do estado, Cláudio Castro (PL), e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL).
O empresário Luciano Hang, o deputado Daniel Silveira, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o pastor Silas Malafaia também acompanham o chefe do Executivo.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.