O presidente Jair Bolsonaro (PL) já avisou para a campanha que não vai participar de reuniões para pedir doações e designou seu filho Flávio (PL) e o vice da sua chapa, o general Braga Netto (PL), para conversar com potenciais doadores. O senador e o ex-ministro viajaram para o Mato Grosso e conseguiram cerca de meio milhão. No entanto, o valor está muito abaixo do que a equipe bolsonarista esperava.
Segundo aliados, a resistência de empresários para dar dinheiro para a campanha passa pela falta de empenho do chefe do executivo federal. Muitos solicitaram uma reunião com o governante para falar das suas demandas e, consequentemente, tirar fotos. O problema que Bolsonaro não quer fazer parte deste tipo de evento.
O argumento usado pelo presidente é que seu tempo precisa ser usado para administrar o país e fazer campanha. Ele relatou que pode gravar vídeos, áudios e até mesmo realizar videochamada com potenciais doadores, mas quer que seu filho e Braga Netto resolvam essas questões.
Como noticiado pelo IG, Flávio se descolou do pai e ganhou protagonismo na campanha. Ele tem tomado decisões sem consultar o presidente para acelerar alguns pontos.
Só que a equipe bolsonarista acredita que o chefe do executivo federal precisará entrar em campo para poder arrecadar mais dinheiro. Além disso, a ordem é que se diminua o tom nas críticas em cima das pesquisas. Muitos empresários não estão dando dinheiro para a campanha por acreditarem que Bolsonaro será reeleito com facilidade.
O senador Flávio já avisou para todos que a disputa não será fácil e as doações serão fundamentais para enfrentar o PT, segundo informou a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 1° de setembro, Lula apareceu com 45% e Bolsonaro atingiu 32%. Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) cresceram, alcançando 9% e 5%, respectivamente.
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