Equipe de Bolsonaro defende "menos ideologia" e "mais economia" no JN

Campanha quer que o presidente tenha um discurso mais moderado em relação ao episódio de 2018

Jair Bolsonaro participará da sabatina do Jornal Nacional
Foto: Reprodução/TV Globo - 22.08.2022
Jair Bolsonaro participará da sabatina do Jornal Nacional

Nesta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PL) participará da sabatina do Jornal Nacional e terá a missão de defender as ações do seu governo. Pelo menos esse foi o plano traçado pela sua equipe de campanha. O foco é tentar conduzir a conversa com William Bonner e Renata Vasconcellos para o lado da economia e que seja menos falado sobre ideologia.

A atração terá 40 minutos, diferente de 2018, que o telejornal dedicou 28 minutos para cada candidato. Naquela oportunidade, Bolsonaro defendeu teses ideológicas, como discussão sobre a diferença salarial entre homens e mulheres, ensino sexual nas escolas, tentando exibir até uma suposta cartilha intitulada por ele de “kit gay”, além de atacar a esquerda.

Desta vez, a campanha pediu para que o presidente defenda seu governo, principalmente mostrando pontos positivos, na visão deles, sobre economia. O Auxílio Brasil e o Pix serão assuntos que o mandatário tentará emplacar ao longo da conversa, mesmo sabendo que são os jornalistas que farão as perguntas.

A equipe de Bolsonaro ainda pediu para que ele tenha paciência quando for abordado sobre as rachadinhas envolvendo ele e seus filhos. A ideia é que não ocorra nenhuma discussão com os apresentadores do Jornal Nacional, mesmo que o chefe do executivo federal tenha que ser firme nos seus posicionamentos.

A campanha do presidente quer usar a TV aberta como instrumento para convencer o eleitor mais moderado que ele está mais tranquilo e preocupado com problemas reais do Brasil. A discussão ideológica terá espaço maior nas redes sociais, como já vem ocorrendo nos últimos dias.

O entendimento da equipe de Bolsonaro é que ele não é mais “pedra”, mas sim “vidraça”. Tentar usar o discurso de “novidade” e que é “diferente de tudo” não colará mais para quem está indeciso ou propenso a votar nos seus adversários. Por isso, na avaliação da campanha, é que o governante demonstre para milhões de brasileiros quais medidas práticas tomou para melhorar a vida deles.

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